Focus: Mercado vê inflação de 10,12% este ano e eleva projeções para Selic em 2022

Relatório Focus também mostrou piora nas projeções para o crescimento da economia brasileira em 2021 e 2022

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – O mercado financeiro elevou, pela 33ª semana, suas projeções para a inflação este ano, desta vez de 9,77% para 10,12%. As estimativas para o indicador em 2022 também tiveram piora, de 4,79% para 4,96%, na 18ª semana consecutiva. Os dados constam no relatório Focus, divulgado na manhã desta segunda-feira (22) pelo Banco Central.

Em meio à forte pressão inflacionária, os economistas ouvidos pelo BC elevaram suas expectativas para os juros em 2022 e agora veem a Selic encerrando o próximo ano em 11,25%, acima dos 11% esperados no levantamento anterior.

Para dezembro deste ano, a estimativa para a taxa básica de juros foi mantida em 9,25%. A expectativa é de novo aumento de 1,5 ponto percentual na Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), no início de dezembro.

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Com relação ao desempenho da economia brasileira, o Focus aponta piora nas projeções. Agora, o mercado estima crescimento de 4,80% este ano, ante 4,88% anteriormente, e expansão de 0,70% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022, ante estimativa de crescimento de 0,93%.

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Por fim, no câmbio, os economistas mantiveram suas estimativas de dólar negociado a R$ 5,50 ao fim de dezembro deste ano e do próximo.

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Nesta semana, na quinta-feira (25), os investidores vão conhecer o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) de novembro. O Itaú projeta uma alta de 1,23% na base mensal, levando a taxa em 12 meses para 10,80% (ante 10,34% em outubro).

“O dado provavelmente será pressionado por preços administrados, notadamente gasolina, GLP e energia elétrica. Entre os preços livres, esperamos aumentos expressivos em itens industriais, alimentação em casa (vegetais, frango) e serviços (como aluguel e comida fora de casa). Também importante, estão as medidas de núcleo de inflação, tanto de bens quanto de serviços, que devem seguir pressionadas nesta leitura”, avaliam os economistas do banco.

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