FMI diz que corte de juros pelo BCE é “apropriado”, mas que Fed deve manter cautela

Fundo observa que houve progresso significativo na redução da inflação na Europa e avalia que a política monetária do BCE é apropriada, mas adverte que é importante manter abordagem dependente de dados

Reuters

Logo do FMI  (Foto: Johannes P. Christo/Reuters)
Logo do FMI (Foto: Johannes P. Christo/Reuters)

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Washington (Reuters) – O Fundo Monetário Internacional (FMI) disse nesta quinta-feira que o corte nos juros pelo Banco Central Europeu (BCE) é “apropriado”, dada a queda da inflação na zona do euro, mas que as autoridades do BCE e do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) devem manter uma abordagem dependente dos dados.

A porta-voz do FMI Julie Kozack também disse em uma coletiva de imprensa que a economia dos Estados Unidos precisa desacelerar em 2024 e que o Fed deve permanecer cauteloso no corte dos juros.

Nesta quinta-feira, o BCE cortou as taxas de juros pela primeira vez em cinco anos, juntando-se aos bancos centrais do Canadá, Suécia e Suíça na redução de alguns dos aumentos mais acentuados dos custos de empréstimos, adotados para conter o aumento da inflação pós-pandemia. Mas manteve os investidores sem pistas sobre seu próximo passo.

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“Assim como nos EUA, observamos um progresso significativo na redução da inflação na Europa. Avaliamos que a política monetária do BCE é apropriada”, disse Kozack, acrescentando que o FMI já havia recomendado cortes pelo BCE a partir de junho. “Mas também é importante que o BCE mantenha sua abordagem dependente de dados e sua abordagem de reunião a reunião”, acrescentou.

Kozack disse que a economia dos EUA tem se mostrado “notavelmente resiliente” diante da política monetária restritiva e dos choques econômicos, com uma forte demanda interna, apesar dos dados mais lentos do produto interno bruto do primeiro trimestre.

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“Os dados de inflação do primeiro trimestre foram, em geral, mais altos do que gostaríamos de ver nos EUA. E é um lembrete de que haverá obstáculos na estrada enquanto os EUA se esforçam para leva a inflação de volta à meta”, disse Kozack. “Isso também reforça a necessidade de o Fed ser cauteloso e depender dos dados para decidir a política monetária nos próximos meses.”