Fitch eleva previsão para alta do PIB do Brasil em 2023 de 0,7% para 2,3%

Safra agrícola recorde, demanda resiliente e redução de incertezas no campo fiscal estão entre os motivos da revisão

Estadão Conteúdo

(Getty Images)
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A safra agrícola abundante e a demanda doméstica persistente tendem a aumentar o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2,3% em 2023, diz a Fitch, que antes projetava aumento bem menor, de 0,7%. A dissipação de algumas preocupações sobre os gastos públicos com o novo arcabouço fiscal e de inseguranças sobre o governo Lula também auxiliaram a revisão.

Em relatório divulgado nesta quarta-feira (21), a Fitch afirma que a normalização da produção agrícola e os reflexos da política monetária restritiva, porém, vão desacelerar a economia do Brasil além do esperado em 2024: antes, esperava-se crescimento de 1,7%, contra 1,3% na atual projeção.

A inflação do País tende a terminar o ano em um avanço moderado, de 5,2%, aponta a agência de classificação de risco, motivada “parcialmente pelos cortes de impostos sobre combustíveis do ano passado, que têm sido eliminados gradativamente”.

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Nesta quarta-feira, a Fitch também aumentou a previsão de crescimento do PIB global em 2023, de 2% para 2,4%, mas reduziu para 2024, de 2,4% para 2,1%, prevendo uma desaceleração da economia mundial.

Para a empresa de classificação de risco, os países emergentes, excluindo a China, tendem a registrar crescimento maior do que o esperado anteriormente. A previsão é que o crescimento de países emergentes seja de 2,9%, ante 2% previstos anteriormente.

Brasil, Índia, México e Rússia devem ter ‘substancial melhora’ econômica, sendo o Brasil e o México alguns dos poucos países que devem cortar suas taxas de juros ainda em 2023, segundo a agência.