Fed vê “quantidade extraordinária de incerteza e riscos consideráveis” por causa do coronavírus, mostra ata do Fomc

Em reunião encerrada em 29 de abril, o Fomc decidiu manter os juros americanos próximos de zero, descartando a chance de taxas negativas

Rodrigo Tolotti

Publicidade

SÃO PAULO – O Federal Reserve mostrou grande preocupação com a economia dos Estados Unidos, segundo a ata da reunião do Fomc divulgada nesta quarta-feira (20).

“Os participantes comentaram que, além de pesar bastante na atividade econômica no curto prazo, os efeitos econômicos da pandemia criaram uma quantidade extraordinária de incerteza e riscos consideráveis para a atividade econômica no médio prazo”, diz o documento.

Em reunião encerrada em 29 de abril, o Fomc decidiu manter os juros americanos próximos de zero, indicando que este cenário deve se manter por um bom tempo, descartando a possibilidade de taxas negativas.

Ebook Gratuito

Como analisar ações

Cadastre-se e receba um ebook que explica o que todo investidor precisa saber para fazer suas próprias análises

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

O Fomc mostrou preocupação com o que deve acontecer caso as infecções pelo novo coronavírus aumentem no final do ano. A ata observou que a perspectiva “mais pessimista” de recuperação provavelmente é tão provável quanto a previsão inicial de melhoria.

“Nesse cenário, presume-se que uma segunda onda do surto de coronavírus, com outra série de restrições sobre interações sociais e operações comerciais, comece no final do ano, induzindo uma diminuição no PIB real, um salto na taxa de desemprego e pressão descendente renovada sobre a inflação no próximo ano”, diz o texto.

Uma segunda onda, observaram os dirigentes, também pode desencorajar as empresas a fazer investimentos de capital e recontratar trabalhadores.

Continua depois da publicidade

Sobre ameaças específicas nos setores, o documento sobre a última reunião destacou a vulnerabilidade ao setor bancário e o potencial de falências de empresas não financeiras.

Os dirigentes também observaram o perigo de altos níveis de desemprego à medida que os trabalhadores se separavam da força de trabalho. O ônus da crise econômica, que provavelmente será a pior da história dos EUA no segundo trimestre, “cairia desproporcionalmente nas famílias mais vulneráveis e com restrições financeiras da economia”.

Quer viver do mercado financeiro ou ter renda extra? Experimente de graça o curso do Wilson Neto, um dos melhores scalpers do Brasil

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.