EUA reforçam presença militar no Golfo Pérsico para proteger petroleiros de assédio do Irã

Departamento de Defesa decide ampliar força para garantir que o Irã não restrinja a rota comercial pelo Estreito de Ormuz

Roberto de Lira

Publicidade

O Departamento de Defesa dos Estados Unidos confirmou na quinta-feira (20) que decidiu ampliar sua presença militar no Estreito de Ormuz, para coibir a atuação das forças iranianas contra embarcações comerciais. A área é a principal ligação entre o Golfo Pérsico e o Oceano Índico e rota frequente para a exportação de petróleo de grandes produtores como Arábia Saudita, Emirados Árabes e Iraque.

Os EUA mandaram mais três navios de guerra e fuzileiros para a região após tentativas iranianas de capturar navios comerciais que trafegavam na área.

No início do mês, o Irã tentou apreender dois petroleiros, um de bandeira das Ilhas Marshall e outro panamenho, chegando a disparar contra um dos navios. Um contratorpedeiro americano conseguiu dissuadir as forças iranianas na ocasião.

Ebook Gratuito

Como analisar ações

Cadastre-se e receba um ebook que explica o que todo investidor precisa saber para fazer suas próprias análises

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Em abril, comandos mascarados da marinha iraniana fizeram um ataque de helicóptero em uma outra embarcação com destino aos EUA no Golfo de Omã e uma gravação com a operação foi ar na TV estatal iraniana.

Segundo a Marinha americana, o Irã apreendeu pelo menos cinco navios comerciais nos últimos dois anos e assediou mais de uma dúzia de outras embarcações. Muitos desses incidentes ocorreram dentro e ao redor do Estreito de Ormuz, por onde passa cerca de 20% de todo o petróleo bruto produzido.

O reforço militar desta semana se soma a outros recentes, que incluíram o envio de modernos jatos F-35 e F-16 para a região. Segundo o Departamento de Defesa, os EUA estão demonstrando o compromisso em garantir a liberdade de navegação e impedir as atividades de desestabilização iranianas na região.

Continua depois da publicidade

“Continuaremos a trabalhar com aliados e parceiros que pensam da mesma forma e que estão comprometidos com o livre fluxo de comércio para tomar ações apropriadas e coordenadas contra ameaças a este princípio fundamental da ordem internacional baseada em regras”, diz o comunicado.

As tensões na região têm aumentado desde que o governo Donald Trump se retirou unilateralmente do acordo nuclear com o Irã e restaurou sanções comerciais ao país. O Irã respondeu aumentando suas atividades nucleares, que alega serem pacíficas, e tem fornecido drones armados à Rússia em sua guerra contra a Ucrânia.