EUA criam 678 mil vagas de emprego em fevereiro, acima do esperado; taxa de desemprego cai a 3,8%

Os Estados Unidos criaram 678 mil vagas de trabalho em fevereiro, de acordo com o Relatório de Emprego (payroll) divulgado nesta sexta-feira (4) pelo Departamento de Trabalho.

O dado veio acima do esperado. A mediana da pesquisa da Refinitiv projetava criação de 400 mil vagas fora do setor agrícola no mês passado.

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A taxa de desemprego, por sua vez, foi para 3,8%, ante 4% em janeiro. A projeção era de que a taxa fosse para 3,9% em fevereiro.

O crescimento do emprego foi generalizado, liderado por ganhos em lazer e hospitalidade, serviços empresariais, saúde e construção. O avanço no número de vagas coincide com a pior escassez de mão de obra nos Estados Unidos em décadas, e indica que a economia americana pode estar se recuperando, após um início de ano lento.

Por outro lado, não houve avanço da média de salários na base mensal, ante expectativa da Refinitiv de alta de 0,5% o que, conforme destaca a CNBC, pode ser um sinal de desaceleração da inflação.

“Ou seja, o trabalhador americano não está ganhando mais e assim não conseguirá consumir mais fortemente, o que contrabalanceia o número de empregos”, afirma Andrey Nousi, da Nousi Finance.

Contudo, no acumulado dos últimos 12 meses, os ganhos por hora trabalhada avançaram 5,1%. “A tendência é que os salários continuem subindo em 2022, o que é importante para uma sociedade menos desigual, mas que o Federal Reserve não comemora tanto porque sabe que é um risco para deixar a inflação na meta”, afirma Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos.

Já o número de horas trabalhadas passou para 34,7, ante estimativa de 34,6 horas.

“Foi um número forte não só na criação de vagas como também um número disseminado entre os grupos: aqueles que tem facilidade de arrumar emprego por ter uma escolaridade maior, como aqueles com escolaridade menor também estão avançando”, conclui Cruz.

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