Estados irão manter vacinação contra Covid de adolescentes, diz presidente do Conselho de Secretários

Governos estaduais não irão seguir a nota técnica do Ministério da Saúde que retirou a recomendação de vacinação de adolescentes acima de 12 anos

Reuters

(Pexel/Retha Ferguson)

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BRASÍLIA (Reuters) – Os governos estaduais não irão seguir a nota técnica do Ministério da Saúde que retirou a recomendação de vacinação contra Covid-19 de adolescentes de 12 a 17 anos, disse à Reuters o presidente do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass), Carlos Lula, em mais uma etapa da disputa constante entre estados e Ministério da Saúde.

“Estados não devem seguir. Já oficiamos à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)”, disse Lula, que também é Secretário de Saúde do Maranhão.

O ofício enviado à Anvisa solicita um imediato posicionamento em relação ao uso nessa faixa etária da vacina da Pfizer, autorizada pela agência. Isso porque a nota técnica cita a possibilidade rara de ocorrência de miocardite causada pela vacina.

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De acordo com o ofício dos secretários, seria um caso de um menino em São Paulo que está sendo investigado pela Anvisa para averiguação se tem de fato relação com a vacina.

“Diversas unidades federadas no Brasil já iniciaram a vacinação dos adolescentes com a vacina da fabricante Pfizer, conforme a autorização dada pela Anvisa. Diante da nota técnica… o Conass e o Conasems solicitam imediato posicionamento da Anvisa sobre a autorização para uso da vacina em adolescentes”, diz o ofício.

Os secretários acrescentam ainda que entendem como essencial no controle da epidemia a vacinação de adolescentes e que, “diante do cenário de ampla disponibilidade” de vacinas anunciado pelo ministério, é importante concluir a vacinação da população adulta e avançar na vacinação de crianças e adolescentes.

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Uma fonte da agência de vigilância disse à Reuters que a decisão do ministério não passou pela Anvisa, que mantém a avaliação de que a vacina é segura para a faixa etária acima de 12 anos. Segundo a fonte, a decisão foi tomada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, sem consulta à agência.

Procurado, o Ministério da Saúde ainda não se manifestou.

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