Equatorianos decidem entre retorno a políticas sociais e promessas para jovens em eleição presidencial

O vencedor da disputa governará de dezembro deste ano até maio de 2025

Reuters

Bandeira do Equador (Shutterstock)

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QUITO (Reuters) – Os eleitores do Equador vão às urnas no domingo para escolher entre um candidato presidencial que promete melhorar as perspectivas para os jovens e outra que promete um retorno aos programas sociais de esquerda.

O herdeiro da indústria de bananas Daniel Noboa, de 35 anos, tem liderado as pesquisas de opinião mais recentes, embora pelo menos dois levantamentos coloquem a diferença entre ele e a rival Luisa González, uma protegida do ex-presidente Rafael Correa, dentro da margem de erro.

A campanha tem sido marcada pela violência, incluindo o assassinato do candidato anticorrupção Fernando Villavicencio. Sete suspeitos desse caso também foram mortos posteriormente.

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González, de 45 anos, que liderou o primeiro turno com 34% dos votos, disse que trará de volta os gastos sociais populares que caracterizaram a década de Correa no poder, incluindo medicamentos gratuitos, maior proteção aos trabalhadores e ajuda direta aos necessitados. Ela também se comprometeu a usar 2,5 bilhões de dólares das reservas internacionais do país para fortalecer a economia.

Noboa foi uma surpresa no primeiro turno. Ele é filho do multimilionário Álvaro Noboa, magnata do setor de bananas que se candidatou várias vezes à Presidência sem sucesso. Ele formou seu próprio partido e prometeu atrair investimentos estrangeiros e criar empregos, principalmente para os jovens.

“Em contraste com outras eleições que foram dominadas por promessas demagógicas, nesta eleição os eleitores indecisos — jovens — estão tentando entender qual dos dois (candidatos) será capaz de resolver suas preocupações pessoais”, disse Francis Romero, da empresa Click Research.

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Cerca de um quarto dos 13 milhões de equatorianos obrigados a votar têm entre 18 e 29 anos de idade.

Um grande número de eleitores permanece indeciso, disse Romero.

Ambos os candidatos têm tentado atrair os jovens com promessas de empregos, educação gratuita e benefícios econômicos, visitando universidades nos últimos dias da campanha.

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“O que se espera de qualquer um dos candidatos é que eles melhorem o país… que pensem nos jovens, queremos empregos com dignidade”, disse o estudante David Vilana, de 21 anos, em um bairro de classe trabalhadora no sul de Quito, recusando-se a dizer quem apoiará.

Enquanto isso, a economia — que deverá crescer apenas 0,8% em 2024, de acordo com as estimativas do banco central — é uma das principais preocupações dos eleitores.

O Equador é o maior exportador de bananas do mundo e a fruta está entre as exportações atingidas pelo tráfico de drogas, pois os contrabandistas escondem narcóticos em contêineres de transporte.

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O vencedor da disputa governará de dezembro deste ano até maio de 2025.