Draghi tem posição forte para possíveis reformas na zona do euro, diz consultoria

Capital Economics diz que novo primeiro-ministro deverá conquistar ampla maioria em votos de confiança que ocorrerão nas duas Casas do Parlamento italiano

Estadão Conteúdo

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A reputação e a maioria em votos do ex-presidente do Banco Central Europeu (BCE) e agora primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, o colocam numa posição forte para promover reformas na zona do euro, e ele pode ter alguns êxitos em áreas como união bancária e regras fiscais, avalia a Capital Economics. Mas Draghi será limitado por seu pouco tempo no poder e pelo poderio financeiro e político maior da Alemanha e da França, segundo a consultoria britânica.

Em relatório divulgado nesta terça-feira, 16, a Capital diz que Draghi deverá conquistar ampla maioria em votos de confiança que ocorrerão nas duas Casas do Parlamento italiano nesta semana. Além disso, o forte apoio que o novo governo angariou deve ajudá-lo a chegar a um plano para que a União Europeia (UE) aprove a liberação de novos fundos de resgate.

Como presidente do BCE, Draghi sempre argumentou pela finalização da união monetária, lembra a consultoria. Agora, ele teria dito a partidos italianos que um orçamento comum da zona do euro é prioridade.

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Segundo a Capital, o progresso de Draghi no âmbito europeu será mais determinado por política do que por economia. “A chegada de Draghi sete meses antes de (a chanceler alemã) Angela Merkel deixar o cargo pode colocar a Itália numa posição mais forte, já que seu sucessor provavelmente será menos influente na Europa do que ela tem sido, pelo menos no início”, diz Jack Allen-Reynolds, economista-sênior para Europa da consultoria. “E ele terá apoio do presidente (francês Emmanuel) Macron, que defendeu um orçamento da zona do euro em 2019”.

Para a Capital, porém, a influência de Draghi na integração da zona do euro deverá será bastante modesta, uma vez que ele não terá a mesma capacidade de passar por cima da oposição na UE, como fazia no BCE. “Alemanha e França ainda são as potências econômicas da região e continuarão sendo mais influentes do que a Itália”, ressalta Allen-Reynolds.

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