Doria diz que vacinação contra Covid-19 será anual; liberação de insumos da CoronaVac deve acontecer em breve

Governador afirma que atraso de insumos vindos da China é questão política; expectativa é de liberação de insumos nesta terça

Giovanna Sutto

Governador de SP, João Doria, com caixa da vacina CoronaVac (REUTERS/Amanda Perobelli)

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SÃO PAULO – João Doria, governador do estado de São Paulo, afirmou nesta segunda-feira (17) que até amanhã deve ter novidades sobre a importação de insumos da China para a produção da CoronaVac.

“As manifestações diplomáticas do Governo Federal foram desastrosas. Estamos tentando reestabelecer o contato com o Embaixador da China em Brasília e também diretamente em Pequim, com o apoio do nosso escritório local. A orientação é que nosso representante local só saia de lá quando tiver a liberação dos insumos disponíveis na Sinovac. Dependemos apenas da autorização do governo chinês. Os insumos estão prontos em ambiente controlado e protegido. Temos boas expectativas, fruto das conversas entre sexta e hoje. Possivelmente teremos boas notícias amanhã em relação à liberação dos insumos”, disse Doria durante evento na manhã desta segunda, no qual anunciou uma parceria com o Mercado Livre para a geração de 5 mil vagas de empregos. 

“E vamos esperar que o Governo Federal não agrida a China novamente. 90% do nosso abastecimento vem de lá: 70% para o Butantan e 20% para a Fiocruz”, complementou o governador, fazendo referência à postura de Jair Bolsonaro quanto ao país asiático, que foi criticada pelo tucano e pelo Butantan recentemente.

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Além disso, Doria destacou que a vacinação contra a Covid-19 deve ser anual. “A nova fábrica do Butantan está sendo construída e está dentro do cronograma. Ficará pronta ao fim de setembro. Em outubro e novembro será equipada e a expectativa é que na segunda semana de dezembro novas doses da CoronaVac já estejam sendo produzidas. E a dimensão da fábrica poderá ser ampliada: precisaremos de vacinas todos os anos. Assim como a vacina da gripe, precisaremos nos vacinar anualmente”, explicou Doria.

O governador também aproveitou o momento para detalhar mais um pouco do cronograma das vacinas. Segundo ele, do contrato de 100 milhões de doses com o Governo Federal para o Plano Nacional de Imunização (PNI), 46 milhões de doses já foram entregues.

Da segunda parte do contrato, que são as 54 milhões doses restantes, já foi entregue 1,2 milhão. “Com a chegada de novos insumos, voltaremos a seguir o cronograma inicial, cujo objetivo é entregar até 30 de setembro essas 54 milhões de doses”, disse.

ButanVac

Durante o evento, ainda, Doria fez um apelo à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em relação à ButanVac, vacina desenvolvida pelo Butantan, que seria 100% nacional.

“Quero fazer um apelo à Anvisa: libere os estudos de pesquisa das fases 1, 2 e 3. Temos disponibilidade e tecnologia e não precisaremos importar recursos. Tudo será feito no Butantan. Autorizamos a produção de 18 milhões de doses dessa nova vacina, sendo que 6,8 milhões já estão prontas e poderemos chegar em 18 milhões até julho, 40 milhões até novembro – mas precisamos da autorização da Anvisa para prosseguir. O princípio da vacina é do vírus inativo, a mesma lógica utilizada na vacina da gripe, e que o Butantan possui muita experiência. Mas estamos aguardando os próximos passos”, disse Doria. O InfoMoney explicou tudo sobre a ButanVac em reportagem recente.

Por fim, Doria também fez menção ao falecimento de Bruno Covas, prefeito da cidade de São Paulo. O governador disse que vai batizar o parque linear do Rio Pinheiros, na capital paulista, com o nome do prefeito.

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Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.