Doria anuncia obrigatoriedade de máscaras a partir de 7 de maio no estado de SP

A proteção no transporte público passou a ser obrigatória nesta segunda-feira (4)

Giovanna Sutto

Usuários do transporte público em SP (Werther Santana/ Estadão Conteúdo)

SÃO PAULO – O governador João Doria (PSDB) anunciou que, a partir de 7 de maio, será obrigatório o uso de máscaras em todo o estado de São Paulo. Todas as pessoas que andarem na rua precisarão usar a proteção.

O uso de máscaras no transporte público começou a ser obrigatório nesta segunda-feira (4).

“O governo do estado de São Paulo publica decreto amanha terça-feira, 5 de maio, tornando obrigatório o uso de mascaras em todo o estado de São Paulo, por todos os cidadãos que estiverem caminhando ou andando ou se dirigindo a qualquer local no estado de São Paulo. Medida que passa vigorar a partir do dia 7 de maio”, afirmou Doria em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (4).

“A regulamentação sobre eventuais punições aos que desobedecerem a essa medida serão de responsabilidade das prefeituras”, informou o governador, embora não tenha dado detalhes sobre como será essa fiscalização.

“Estendemos a toda a população, para proteger os brasileiros de São Paulo, para que, estando protegidos, tenham menor probabilidade de serem infectados e irem a óbito”, complementou Doria.

Governo e Prefeitura

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Doria também anunciou que o governo e a prefeitura de São Paulo vão investir R$ 300 milhões do Fundo Municipal de Saneamento Ambiental e Infraestrutura (FMSAI) para o combate ao coronavírus.

Os recursos do fundo são provenientes dos repasses efetuados pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) e seus respectivos rendimentos financeiros, segundo Doria.

“Originalmente, os recursos são destinados para ações de saneamento e infraestrutura, mas neste momento serão integralmente redirecionados para a saúde pública na cidade de São Paulo para proteger vidas”, disse o governador.

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Doria reiterou que a quarentena vem surtindo efeito e orientou, principalmente, aos cidadãos da região metropolina e capital a ficarem em casa. “Não queiram reproduzir as cenas dramáticas que vimos no Amazonas com o colapso do sistema de saúde”, disse o governador de SP, ponderando todos os esforços feitos pelo governador do estado do Amazonas, Wilson Miranda Lima.

Possibilidde de lockdown em SP

O governador reiterou que se apoia às definições do comitê de saúde, que acompanha o desenvolvimento do coronavírus no estado e disse que o lockdown do estado está descartado neste momento.

“Nesse momento [o lockdown] não está no protocolo, mas quem determina esse tipo de medida é  comitê de saúde e pode ser considerado se a situação exigir”, disse.

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Leitos extras para a cidade de SP

O prefeito Bruno Covas também afirmou que a cidade vem negociando o uso de leitos de hospitais privados para a rede pública. “A possibilidade já era prevista na esfera federal  e agora também foi autorizada na esfera municipal, que a requisição de leitos de UTI da rede privada”, diz.

Hoje são 247 hospitais privados na cidade de SP e 800 novos leitos poderão ser negociados, segundo o secretário Edson Aparecido, secretário de saúde da cidade de SP.

Dois hospitais já fecharam acordos com a prefeitura: o hopistal da Cruz Vermelha e da Unisa. “Os hospitais receberão R$ 2.100 por dia por leito pagos pela prefeitura”, disse o prefeito.

Aparecido complementou que são 20 leitos de UTI e 40 de enfermaria no Cruz Vermelha e 60 leitos de enfermaria no Unisa- e conversas seguem em andamento para disponibilização de mais leitos da rede privada.

Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.