Diretora-gerente do FMI diz ter firme convicção de que solução para teto da dívida nos EUA virá

De acordo com ela, há "notícias animadoras" de que as discussões sobre o aumento do teto da dívida dos EUA estão avançando.

Estadão Conteúdo

A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva Foto: Mark Wilson/Getty Images)

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A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, afirmou que tem “firme convicção” de que será encontrada uma saída para a discussão sobre o aumento do teto da dívida dos Estados Unidos. Um desfecho positivo é crucial não só para o país como para a economia mundial, defendeu ela, reforçando o coro de preocupação para uma rápida solução.

“O mercado de títulos do Tesouro dos EUA é como uma âncora para o sistema financeiro global. E essa âncora precisa se manter firme, principalmente, em um momento de incerteza significativa”, disse Georgieva, em coletiva de imprensa, realizada nesta sexta-feira, 26.

De acordo com ela, há “notícias animadoras” de que as discussões sobre o aumento do teto da dívida dos EUA estão avançando.

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Georgieva comparou o esgotamento do prazo para os EUA encontrarem uma solução para o tema ao conto de fadas da Cinderela. Na história, a jovem tem de retornar para a sua casa antes da meia-noite porque neste horário os efeitos da magia feita pela sua fada-madrinha acabam. “E estamos neste ponto. Então, antes que a viremos abóbora, podemos resolver isso? Não é apenas a perda de um sapato que enfrentamos”, alertou a diretora-gerente do FMI.

Na sua visão, os EUA têm de fazer mais para reduzir a sua dívida e colocá-la em uma trajetória descendente, mas também do lado da arrecadação de receitas. “O que isso significa é um apelo para uma ampla gama de políticas que incorporem tanto aumentos de receita tributária quanto tratamento de desequilíbrios estruturais em programas como o Social Security benefícios sociais e o Medicare de saúde”, cobrou Georgieva.

“Quanto mais cedo esse ajuste for implementado, melhor”, emendou, acrescentando que um esforço fiscal antecipado ajudaria o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) em seus esforços para reduzir a inflação.

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Os seu comentários foram feitos em coletiva sobre o relatório Artigo IV dos EUA, documento anual em que o FMI avalia a economia de seus países-membros.