Depois de fechar fábrica sem alardes, Johnson afirma que vai manter contratos de entregas de sua vacina

A interrupção tem o potencial de reduzir o fornecimento da vacina da Johnson & Johnson em algumas centenas de milhões de doses

Equipe InfoMoney

Frascos rotulados como de vacina contra Covid-19 em frente ao logo da Johnson & Johnson em foto de ilustração (REUTERS/Dado Ruvic)

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Sem especificar ao certo o futuro da Janssen, vacina de dose única usada no combate à Covid-19, a J&J, a fabricante do imunizante, disse em comunicado global que vai cumprir todos os acordos contratuais de distribuição da vacina.

Nesta semana, reportagem do jornal The New York Times mostrou que a companhia fechou, sem alardes, a fábrica usada para a produção da Janssen, na Holanda, no final de 2021.

A interrupção tem o potencial de reduzir o fornecimento da vacina contra a Covid-19 da Johnson & Johnson em algumas centenas de milhões de doses.

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A Janssen mostrou bons índices de eficácia contra o coronavírus e tem compromissos firmados com o Covax Facility e com a União Africana.

“Em 2021, aproximadamente 70% de nosso suprimento global de vacinas foi disponibilizado para países de baixa e média renda por meio de nossos acordos de compra antecipada e doações de doses à vários países. Estamos focados em garantir que nossa vacina esteja disponível onde as pessoas precisam e continuamos a cumprir nossas obrigações contratuais em relação às entregas da Covax [iniciativa da OMS] e da União Africana”, disse a empresa em nota à imprensa veiculada globalmente.

Ayoade Alakija, médico e co-chefe do programa de distribuição de vacinas da União Africana, chegou a criticar a empresa pela medida de suspensão das atividades nesta unidade da fábrica. “Este não é o momento de mudar as linhas de produção do nada, quando a vida das pessoas em todo o mundo em desenvolvimento está em jogo”, afirmou ao jornal americano.

De qualquer maneira, a empresa reforçou que vai cooperar e que está fazendo o que está ao seu alcance para construir uma rede global de fabricação em quatro continentes para produzir a vacina.

A empresa também explicou que expandiu a capacidade de suas instalações em Leiden em 2021, e reforçou que o local continua desempenhando um papel importante na fabricação de vacinas em 2022.

“Nossos locais de fabricação produzem vários produtos, pois temos a obrigação de fornecer medicamentos em todo o mundo. Gerenciamos nosso planejamento de produção de acordo com a nossa rede global e com base na demanda por nossa vacina e nas necessidades de nossos pacientes e clientes”, afirmou a empresa em nota.

O que não ficou detalhado, porém, é se essa expansão da fábrica inclui ou não equipamentos para a produção da vacina contra a Covid-19 ou se produz apenas outros tipos de vacinas e/ou medicamentos. O InfoMoney questionou a empresa, mas não obteve resposta até a publicação da matéria.

Além disso, a Johnson trabalha em um acordo de licenciamento para que sua vacina seja produzida diretamente pela Aspen Holding, farmacêutica sediada na África do Sul.

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