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O consumo de energia elétrica no Brasil cresceu 10,4% em abril na comparação anual, na maior taxa desde novembro do ano passado, em função do calor atípico que elevou a demanda em todo o país para uma média de 72.020 megawatts (MW), segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (27) pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
O levantamento da instituição mostra que todos os estados apresentaram alta da demanda em abril, período em que geralmente ocorre o avanço de frentes frias e há redução do consumo de energia no uso de equipamentos como ventiladores e ar-condicionado.
O mercado regulado de energia, atendido pelas distribuidoras de energia, mostrou a maior influência do clima, com o consumo avançando 14,1% na comparação anual, apontou a CCEE. Já no ambiente de contratação livre, no qual empresas podem escolher seu fornecedor de energia e negociar condições contratuais, houve um aumento de 4,7% do consumo frente a abril de 2023.
Na abertura por ramos de atividade, as maiores altas de abril foram observadas nos setores de madeira, papel e celulose (15,6%), manufaturados diversos (13,2%) e bebidas (11,5%). Por outro lado, houve declínio da demanda na indústria têxtil (-3,6%), telecomunicações (-1,2%) e químicos (-1%).
Já em relação à geração de energia, as usinas hidrelétricas produziram mais de 54,6 mil MW médios para o Sistema Interligado Nacional (SIN) em abril, avanço de 4,8% no comparativo anual, enquanto a geração das eólicas subiu 19,6%, a 8,1 mil MW médios, e a das fazendas solares cresceu 58,9%, a 3 mil MW médios.