Construção de novas casas nos EUA sobe 12,2% em agosto ante julho

Setor ainda sofre com valores altos de aluguéis e hipotecas em tendência de crescimento; materiais de construção também pressionam

Estadão Conteúdo

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A construção de moradias nos Estados Unidos aumentou inesperadamente em agosto ante julho, com a alta dos aluguéis impulsionando a construção de moradias multifamiliares para o nível mais alto em mais de 36 anos.

Em agosto, foi registrado o início de construção de 1,575 milhão de unidades para habitação nos EUA, 12,2% a mais que no mês anterior. Analistas ouvidos pelo The Wall Street Journal previam alta bem menor, de 0,3%. O dado ficou 0,1% menor que agosto de 2021.

Os dados de julho foram revisados para uma taxa de 1,404 milhão de unidades, abaixo das 1,446 milhão de unidades relatadas anteriormente.

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O dado do Departamento de Comércio chega num momento de crescimento das taxas de hipotecas e de vendas deprimidas devido aos altos preços do mercado imobiliário em geral.

O aperto da política monetária do Federal Reserve tem enfraquecido significativamente o mercado imobiliário

Licenças

Ainda segundo o relatório, as permissões para a construção de novas casas caíram para níveis vistos pela última vez durante a primeira onda da pandemia de covid-19, na primavera de 2020.

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As licenças caíram 10%, para 1,52 milhão em agosto ante julho e estão 14,4% abaixo das contabilizadas em agosto do ano passado. A projeção, nesse caso, era de recuo de 4,4%, ao ritmo anualizado de 1,60 milhão.

Ontem, a Associação Nacional de Construtores de Casas (NAHB, na sigla em inglês) comentou que a construção de casas também está sendo prejudicada por gargalos na cadeia de suprimentos, que aumentam os preços dos materiais

“A atividade de construção habitacional foi pega no fogo cruzado de duas forças opostas”, disse à Reuters Conrad DeQuadros, consultor econômico sênior da Brean Capital, em Nova York.

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“No entanto, a atividade de construção provavelmente permanecerá sólida por um tempo, já que os construtores trabalham com a carteira de pedidos, mesmo com o otimismo sobre novas vendas despencando”, ponderou.

(Com agências)