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O Índice de Confiança do Comércio (Icom) recuou 1,0 ponto em fevereiro, para 89,5 pontos, após três altas mensais consecutivas, informou nesta quarta-feira (28) o FGV/Ibre. Em médias móveis trimestrais, o índice subiu pelo terceiro mês consecutivo, agora em 0,4 ponto, para 89,8 pontos.
Segundo a economista Geórgia Veloso, a confiança caiu exclusivamente influenciada por uma reavaliação nas perspectivas para os próximos meses, cujo índice apresentou resultado negativo em cinco dos seis principais segmentos.
“Por outro lado, a redução do pessimismo nas avaliações sobre o momento atual sugere um cenário mais favorável, ainda que modesto, com resultados positivos em relação ao volume de demanda atual”, afirmou em nota.
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Geórgia disse ainda que uma recuperação do indicador que seja sustentada nos próximos meses precisa da manutenção do avanço do mercado de trabalho e da redução do endividamento das famílias. “Esses indicadores, diretamente ligados ao consumo, ainda geram incerteza causando oscilações nas expectativas”, avaliou a economista do FGV/Ibre.
Na abertura do indicador, o Índice de Situação Atual (ISA-COM) avançou 3,4 pontos, para 93,3 pontos, influenciado pela melhora no indicador que avalia o volume de demanda atual ,que avançou 6,3 pontos, para 95,0 pontos, maior nível desde outubro de 2022.
Já o do Índice de Expectativas (IE-COM) recuou 5,3 pontos, para 86,3 pontos, interrompendo a sequência de duas altas consecutivas. Entre os quesitos que compõem o índice, o que aponta as perspectivas de vendas nos próximos três meses foi o que apresentou maior contribuição para a queda da confiança no mês, ao recuar 5,6 pontos, para 84,9 pontos.
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No mesmo sentido, as expectativas sobre a tendência dos negócios nos próximos seis meses recuaram em 4,8 pontos, para 88,2 pontos.
Demanda
Apesar da reversão registrada em fevereiro no indicador de confiança, a proporção de empresas que indicava a demanda insuficiente como um fator limitativo para a expansão dos negócios segue relativamente alta, ao registrar 31,4% em médias móveis trimestrais.
Essa parcela atingiu 20,7% das empresas nos segmentos de bens essenciais (hiper e supermercados, farmacêuticos e combustíveis), enquanto nos demais bens o percentual é de 36,4%.
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“A retomada do mercado de trabalho trouxe benefícios às atividades associadas à renda, ampliando o distanciamento do consumo em relação aos demais bens, que ainda são penalizados por crédito caro e comprometimento da renda familiar”, disse a economista.