Com avanço da vacinação, mortalidade por Covid-19 cai 46% no estado de São Paulo

Número de pacientes no estado que morriam depois de internados com Covid-19 caiu de cerca de 36%, em março deste ano, para 19% em julho

Mariana Zonta d'Ávila

Profissional da saúde segura vacina contra a Covid-19 (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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SÃO PAULO – A mortalidade de pessoas internadas com Covid-19 nos hospitais do estado de São Paulo teve redução de 46% nos últimos quatro meses, em meio ao avanço do programa de vacinação contra o novo coronavírus.

Em coletiva com a imprensa realizada nesta quarta-feira (14), no Palácio dos Bandeirantes, o governo estadual anunciou que o número de pacientes que morriam depois de internados com coronavírus caiu de cerca de 36% para 19% entre março e julho deste ano, em São Paulo.

Segundo o governador João Doria (PSDB), a queda acentuada da letalidade é resultado dos altos índices de cobertura vacinal, em especial entre idosos acima de 70 anos, que já tomaram as duas doses da vacina.

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No mesmo período, o número de internações no estado também apresentou queda, de 44%. “Isso mostra o impacto da vacinação, e essa redução será ainda maior à medida que progredirmos a vacinação para outras faixas etárias”, afirmou Jean Gorinchteyn, secretário estadual da saúde de São Paulo.

Gorinchteyn afirma que hoje o estado possui uma ocupação de 64,95% nas unidades de terapia intensiva (UTIs), patamar muito próximo do apresentado em janeiro deste ano. Já na Grande São Paulo, a ocupação das UTIs está em 60,18%, número similar ao registrado no início de dezembro de 2020. “Esses números robustos trazem confiança do controle progressivo da pandemia”, disse o secretário.

De acordo com o governo, 80% das pessoas que tomaram as duas doses da vacina receberam a CoronaVac, vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac. Além disso, mais de 62% de adultos já foram vacinados no estado com pelo menos uma dose de imunizante contra a Covid-19.

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“Ao final do mês de setembro teremos controle da pandemia, e muito provavelmente a partir daí poderemos flexibilizar as atividades que hoje não são possíveis. Por isso estamos realizando eventos testes. Isso vai nos dar condições de fazer um retorno à normalidade de forma gradual e segura”, disse João Gabbardo, coordenador executivo do Centro de Contingência da Covid-19.

Durante a coletiva, o governo também anunciou a entrega nesta quarta-feira de 800 mil doses da vacina do Butantan contra o coronavírus ao Ministério da Saúde. Amanhã (15), serão entregues mais 200 mil doses, totalizando 1 milhão de vacinas liberadas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) para distribuição em todo o Brasil.

“Estamos rigorosamente adiantando o cronograma e seguramente chegará mais matéria-prima até o fim do mês, permitindo concluirmos integralmente o contrato com o Ministério da Saúde um mês antes do prazo inicial”, afirmou Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan.

Questionada sobre uma mudança nos intervalos de doses da vacina AstraZeneca, Regiane de Paula, coordenadora geral do programa estadual de imunização, disse que ainda não há nada definido no estado e que o tema será discutido na reunião do Centro de Contingência da Covid-19 na quinta-feira (15).

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