Cidade de São Paulo vai exigir comprovante de vacina para entrada em eventos, shoppings e restaurantes

Vai funcionar como uma espécie de "passaporte da vacina" e será emitido por um aplicativo, que deve ser lançado ainda nesta semana

Equipe InfoMoney

Frascos com CoronaVac no Butantan (REUTERS/Amanda Perobelli)

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SÃO PAULO – A cidade de São Paulo vai passar a exigir um comprovante de vacinação para que as pessoas circulem em eventos, shoppings, restaurantes e outros estabelecimentos, conforme anúncio feito por Ricardo Nunes, prefeito de São Paulo, nesta segunda-feira (23).

Vai funcionar como uma espécie de “passaporte da vacina” e será emitido por um aplicativo.

Durante a coletiva, Nunes explicou que o conceito do app é que os estabelecimentos só vão poder aceitar pessoas que estejam com pelo menos uma dose da vacina aplicada contra a Covid-19.

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“Esse é o passaporte. Se o estabelecimento estiver com pessoas sem vacina e isso for observado pela Vigilância Sanitária, ele sofrerá multa. Então, vamos oferecer um mecanismo para que esses locais identifiquem quem tem vacina. Vamos fornecer o sistema para que ele baixe na plataforma e-Saúde e faça a leitura do QR Code”, explicou o prefeito.

De acordo com o prefeito, a medida é necessária para controlar o fluxo de pessoas em estabelecimentos autorizados a funcionar e também porque muitas pessoas não tomaram a segunda dose – hoje são 211 mil na cidade de São Paulo por conta de esquecimento.

“Então pelo aplicativo no celular ela vai fazer a leitura e identificar a data da vacinação. Mas o objetivo principal é mesmo o passaporte para adentrar os locais autorizados pela Vigilância Sanitária, como eventos”, informou o prefeito.

A ideia do “passaporte de vacina” para organizar a circulação de pessoas e flexibilizar o funcionamento dos estabelecimentos não é nova. No exterior, por exemplo, já funciona em alguns países como Israel e Dinamarca (saiba mais sobre o tema aqui). Ainda, está em discussão também um passaporte de vacina para entrada e saída de países com o objetivo de controlar a circulação nas fronteiras.

Como vai funcionar

O aplicativo, ainda sem nome revelado, deve ser lançado até sexta-feira (27). Depois, os cidadãos deverão baixar o aplicativo, efetuar um cadastro e emitir um QR Code. Assim, ao chegar no estabelecimento a pessoa vai mostrar esse QR Code e a leitura do código vai permitir que o local saiba se a pessoa está com as uma ou duas doses aplicadas. Se o cidadão estiver com uma dose atrasada, deverá ser barrado.

Nunes alegou que o app vai ajudar também as pessoas se informarem sobre a data da segunda dose.

Vale lembrar que João Doria, governador do estado, encerrou as restrições de circulação na última semana. A medida foi recebida de forma preocupante pelos especialistas de saúde, considerando que a maioria da população ainda não está imunizada com as duas doses e, apesar das melhoras nos índices de mortes e internações, não dá para afirmar que a pandemia está sob controle. Além disso, há a preocupação com o avanço da variante delta.

Assim, bares, restaurantes, academias e cinemas não têm mais limite de número de pessoas ou restrição de horário de funcionamento. Eventos sociais, culturais e as feiras corporativas também foram liberados, mas com controle de público – e a utilização de máscara segue obrigatória.

De acordo com o “vacinômetro”, o estado de São Paulo já aplicou mais de 47,5 milhões de doses de vacina contra o coronavírus. Sendo 32,6 milhões de primeiras doses, 13,6 milhões aplicações da segunda dose e 1,13 milhão de doses únicas.

Nesta segunda (23), na cidade de São Paulo, tem início a vacinação de adolescentes entre 12 e 15 anos com deficiência permanente (física, sensorial ou intelectual) ou comorbidades – neste caso será aplicada somente a Pfizer, o único autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), até o momento, para essa faixa etária.

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