Brasil é o 54º em ranking global que mede vacinas aplicadas a cada 100 habitantes

Brasil aplicou 1,1 vacina em cada 100 habitantes, ante 9,8 nos Estados Unidos e 58 em Israel, o primeiro da lista

Allan Gavioli

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SÃO PAULO – Desde o surgimento do novo coronavírus na China no fim de 2019, o mundo já registrou mais de 2,2 milhões de mortes em decorrência da doença. Mas a  maior aposta da humanidade para o fim da pandemia, a tão esperada vacina, já é realidade e, em alguns países, as curvas de mortes e novos casos já começam a despencar com o avanço das campanhas de imunização.

O site Our World in Data, ligado à Universidade de Oxford, no Reino Unido, compila os diversos números referentes à vacinação ao redor do mundo, com o objetivo de quantificar e comparar as campanhas de vacinação entre os países.

Em número absolutos, já foram aplicadas 103,81 milhões de doses da vacina contra a Covid-19 em todo o globo, segundo os dados compilados pelo site. Nesse recorte, o país que mais vacinou até o momento foi os Estados Unidos, com cerca de 32 milhões de doses aplicadas até o momento. A última atualização dos dados foi feita na manhã desta quarta-feira (3).

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Em seguida, aparece a China, com 24 milhões de doses aplicadas. A terceira colocação fica com o Reino Unido, que aplicou até agora cerca de 10 milhões de doses. Ainda segundo o site, o dia 27 de janeiro foi o dia com mais vacinações pelo mundo, com 10 milhões de doses aplicadas.

Nesse ranking, o Brasil aparece apenas na nona colocação, com 2,29 milhões de doses aplicadas, atrás de países como Índia (4,14 milhões), Alemanha (2,59 milhões) e África do Sul (2,57 milhões), mas a frente de Itália (2,12 milhões) e França (1,6 milhões).

Entretanto, quantificar os números absolutos de vacinas aplicadas pode não ser o melhor recorte para analisar o andamento das campanhas de vacinação, já que países que possuem menos habitantes precisam de menos doses respectivamente, por exemplo.

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Pensando nessa discrepância, o site também disponibiliza um recorte que permite visualizar a quantidade de vacinas disponíveis para cada 100 habitantes, tentando equilibrar a comparação entre o andamento da vacinação entre os países.

Nessa segunda análise, a situação do Brasil não parece tão boa – ainda que esteja superior a todos os seus vizinhos na América do Sul. O país aparece apenas na 54ª posição do ranking, com aproximadamente 1,1 vacina para cada 100 habitantes. Vale lembrar que o Brasil possui mais de 210 milhões de habitantes.

Argentina (0,8), Chile (0,4) e Equador (0,02), únicos países da América Latina além do Brasil que possuem dados compilados na plataforma, possuem médias de vacinas para cada 100 mil habitantes menores do que o Brasil.

Israel é o país que possui mais doses proporcionalmente falando, com 58 vacinas para cada 100 habitantes. O país possui aproximadamente 9 milhões de habitantes. A média de doses por 100 pessoas nos EUA, país que mais aplicou doses até o momento, é de 9,8 doses, pensando que o país possui um contingente populacional de quase 330 milhões.

Segundo os próprios pesquisadores que atualizam a base de dados do site todos os dias de manhã, com os dados do dia anterior, é fundamental que as pessoas de todos os países, e não só de países ricos, recebam as doses, sob o risco de uma parte do mundo superar a pandemia localmente, enquanto a ‘periferia’ do globo ainda sofre com a doença.

Vale dizer também que a plataforma não realiza um recorte para determinar qual tipo de vacina foi aplicada. No Brasil, por exemplo, os imunizantes que integram a campanha nacional de vacinação são os desenvolvidos pela AstraZeneca/Ofxord e Sinovac/Instituto Butantan, já os EUA utilizam as vacinas da Pfizer e da Moderna, enquanto a Argentina está aplicando a vacina russa Sputnik V.

“Para acabar com esta pandemia, uma grande parte do mundo precisa ser imune ao vírus. A maneira mais segura de conseguir isso é com uma vacina. Agora, o desafio é disponibilizar essas vacinas para pessoas em todo o mundo. Será fundamental que as pessoas em todos os países – não apenas nos países ricos – recebam a proteção necessária”, diz o site na sua página inicial.

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Allan Gavioli

Estagiário de finanças do InfoMoney, totalmente apaixonado por tecnologia, inovação e comunicação.