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BRASÍLIA (Reuters) – O governo detalhou nesta quarta-feira os termos de um novo leilão do Eco Invest para atrair capital estrangeiro a projetos de inovação e sustentabilidade, oferecendo pela primeira vez um mecanismo de hedge cambial.
Lançado no ano passado, o Eco Invest busca canalizar capital internacional para empreendimentos sustentáveis de longo prazo. O primeiro leilão foi realizado em outubro de 2024, seguido por um segundo em agosto deste ano, focado na restauração de pastagens degradadas.

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“Ao oferecer proteção cambial para o investidor internacional, o governo federal dá um passo importante para ampliar a confiança, atrair capital de longo prazo e impulsionar projetos estratégicos que fortalecem o desenvolvimento sustentável do país”, disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em nota.
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Os recursos do programa serão destinados às instituições financeiras para estruturar mecanismos de mitigação de risco cambial e de risco de performance dos projetos, que devem ser focados em bioeconomia e economia circular.
As propostas das instituições financeiras devem ser apresentadas até 19 de novembro.
Em uma entrevista coletiva, o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, disse que um bom resultado seria o lançamento de três ou quatro fundos de private equity, totalizando cerca de R$2 bilhões a R$4 bilhões.
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Como nos leilões anteriores do programa Eco Invest, os bancos deverão alavancar o capital privado, especificando, desta vez, o valor do investimento em ações que será mobilizado para os fundos e projetos apoiados.
De acordo com o governo, os recursos do leilão apoiarão empresas de base tecnológica e ampliarão startups que desenvolvem projetos em bioeconomia, transição energética e iniciativas de economia circular, como bioplásticos, gestão de resíduos sólidos e reciclagem de baterias.
Segundo Ceron, um quarto leilão do Eco Invest deverá ser anunciado ainda este ano, de preferência antes da COP30, que o Brasil sediará em novembro em Belém. O próximo leilão terá como foco o bioma amazônico e a bioeconomia.