Bolsonaro diz que quer fechar nesta segunda proposta para reduzir imposto sobre combustíveis

Presidente voltou a dizer que não tem influência sobre os preços praticados pela Petrobras

Reuters

Presidente Jair Bolsonaro após reunião no Ministério da Economia em Brasília (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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BRASÍLIA – O presidente Jair Bolsonaro afirmou que pretende bater o martelo nesta segunda-feira, em reunião com a equipe econômica, sobre medidas para reduzir o valor do PIS/Cofins cobrado sobre o combustível.

Em vídeo de conversa com seus apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, publicado nas suas redes sociais, Bolsonaro voltou a dizer que não tem influência sobre os preços praticados pela Petrobras, precisa seguir as leis e não quer ser ditador.

“O imposto federal é alto, o estadual é alto, a margem de lucro das distribuidoras é grande e dos postos também é grande. Então está todo mundo errado no meu entendimento. Pode ser que eu esteja errado”, disse o presidente. “Como diminuir isso? Hoje tenho uma reunião com a equipe econômica para ver, mais uma vez, para ver se bate o martelo. Queremos diminuir os impostos federais.”

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Preocupado em desfazer a imagem que poderia interferir na política de preços da Petrobras para baixar o valor do litro do diesel, Bolsonaro voltou a dizer que a empresa mantém a política atrelada aos valores internacionais e que ele não tem poder para interferir nisso.

“Não é novidade para ninguém, está previsto outro reajuste de combustíveis para os próximos dias. Vai ser uma chiadeira, com razão? Vai. Eu tenho influência sobre a Petrobras? Não”, afirmou. “Aí o cara fala, você é presidente do quê? Olha, votaram em mim, atrás de mim tem um montão de lei aí. Ou eu cumpro a lei ou vou ser ditador. E para ser ditador vira uma bagunça o negócio. Ninguém quer ser ditador, não passa pela cabeça da gente.”

O novo reajuste para as refinarias foi anunciado na manhã desta segunda pela Petrobras, e será de 0,17 real por litro para gasolina, 0,13 real para o diesel e de 0,14 por quilo para o gás GLP.

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Na última sexta-feira, depois de uma reunião com ministros envolvidos no tema, Bolsonaro anunciou que o governo estava procurando formas de reduzir o valor do PIS/Cofins, imposto federal, sobre os combustíveis, e que também iria propor um projeto de lei para alterar a forma de cobrança do ICMS, um imposto estadual.

Bolsonaro quer que os estados façam um valor fixo por litro ou um percentual cobrado sobre o combustível nas refinarias, e não nas bombas, como hoje.

A proposta do governo de mexer no ICMS incomodou os governadores, que alegam não ter margem nas receitas estaduais hoje para alterar impostos.

Bolsonaro afirma que não quer intervir no ICMS, mas que é preciso trabalhar em conjunto e não se pode colocar a responsabilidade apenas no governo federal.

“Quando é que nós todos – eu, governadores, distribuidoras, donos de postos – vamos tomar uma providência para isso? Será no momento pacífico ou no momento conturbado? Para mim sairia a partir de agora. Espero sair um bom entendimento da reunião da equipe econômica hoje, quem sabe convidar os governadores… Eu não quero intervir no ICMS, não é verdade isso”, afirmou.

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