Biden visita o México, em meio a crise sobre crescimento da imigração ilegal nos EUA

Presidente vai participar de cúpula de líderes junto com o mexicano Andrés Manuel López Obrador e o canadense Justin Trudeau

Roberto de Lira

Joe Biden, presidente dos Estados Unidos (Win McNamee/Getty Images)
Joe Biden, presidente dos Estados Unidos (Win McNamee/Getty Images)

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Em meio à forte polêmica em torno do crescimento da imigração ilegal na fronteira sul dos Estados Unidos, o presidente Joe Biden chegou ontem (8) à Cidade do México, onde participará da X Cúpula de Líderes da América do Norte, que acontece entre terça e quarta-feira. A chegada do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, está prevista para esta tarde.

Como parte da agenda, Biden esteve no domingo na ponte Las Américas, que liga a cidade de El Paso, no Texas, a Ciudad Juárez, no México, em primeira visita à fronteira em dois anos de mandato. Ao lado do secretário de Segurança Interna, Alejandro Mayorkas, o presidente reuniu-se com agentes da Patrulha de Fronteira e assistiu a uma série de demonstrações de táticas usadas pelas autoridades para apreender pessoas e veículos na passagem entre os dois países.

Biden também se encontrou brevemente com o governador do Texas, o republicano Greg Abbott, figura política polêmica e crítica do atual governo, que no último ano liderou o envio de migrantes em ônibus da fronteira para diferentes cidades do nordeste do país, como Washington e Nova York.

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Segundo o jornal mexicano La Crónica, Abbott entregou uma carta a Biden, dizendo-lhe que sua visita à fronteira era tarde demais e acusando-o de seguir uma política de “fronteira aberta”. “Esse caos é resultado direto de sua falha em fazer cumprir as leis de imigração dos EUA”, disse o governador na carta.

Para amenizar as críticas, Biden adotou recentemente novas restrições à ao aumento da chegada de pessoas à fronteira, vindas de países como Cuba, Nicarágua e Venezuela. O governo informou ter enviado mais de 100 novos agentes da Patrulha de Fronteira para El Paso e que uma nova instalação será aberta para processar até 1.000 pessoas por dia.

Como parte de um acordo com o México, os EUA também vão começar a expulsar migrantes do Haiti, Nicarágua e Cuba que cruzam a fronteira de forma irregular. Já governo do presidente López Obrador concordou em receber até 30 mil migrantes por mês, segundo autoridades dos EUA.