Bessent diz que “desintoxicação” da economia dos EUA não precisa gerar recessão

Os mercados dos EUA têm mostrado volatilidade em meio às políticas comerciais imprevisíveis de Trump, incluindo tarifas

Reuters

Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, durante discurso em evento, em Nova York
06/03/2025
REUTERS/Jeenah Moon
Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, durante discurso em evento, em Nova York 06/03/2025 REUTERS/Jeenah Moon

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O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, disse nesta quinta-feira (13) que não está preocupado com a recente volatilidade em Wall Street, afirmando em entrevista à CNBC que o governo do presidente Donald Trump está focado em ganhos de médio e longo prazo para os mercados e os norte-americanos.

Bessent, que na semana passada afirmou que a economia do país está passando por uma “desintoxicação” ao transicionar de gastos governamentais para o setor privado, disse que essa transição não significa necessariamente que o país entrará em recessão, mesmo que Trump não tenha descartado a possibilidade.

Questionado se esse período de desintoxicação é sinônimo de recessão, Bessent disse: “De forma alguma. Não precisa ser, porque isso dependerá da velocidade com que o bastão será entregue. Nosso objetivo é fazer uma transição tranquila.”

Os mercados dos EUA têm mostrado volatilidade em meio às políticas comerciais imprevisíveis de Trump, incluindo tarifas, à medida que os investidores ponderam sobre as incertezas e os conflitos crescentes com parceiros comerciais que podem estimular a inflação e prejudicar o crescimento. 

“Estamos focados na economia real”, disse Bessent à CNBC. “Se você começar a olhar para o horizonte próximo, as ações se tornam muito arriscadas. Portanto, nosso foco é o médio e o longo prazo.”

Os investidores também estão observando se o Congresso aprovará um projeto para manter o governo federal operando após o prazo final de financiamento na sexta-feira, quando os gastos expiram. Bessent disse que um fracasso em aprovar a legislação de gastos seria “incrivelmente perturbador”.