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Todos os integrantes da diretoria do Banco Central avaliam que, em um ambiente de expectativas de mercado desancoradas, é necessária uma restrição monetária maior e por mais tempo do que o apropriado em outro momento, mostrou nesta terça-feira a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
A ata destacou que o cenário de incerteza ampliou tanto as chances de alta quanto as de baixa para a inflação, com a diretoria debatendo se o balanço de riscos para os preços à frente ainda se mantinha levemente assimétrico, mas menos assimétrico do que na reunião anterior, ou se já se podia defini-lo como neutro.

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O documento apontou que as expectativas de inflação seguem acima da meta de 3% em todos os horizontes, o que torna o cenário mais adverso, citando que o tema gera desconforto ao BC e aumenta o custo do combate à alta dos preços sobre atividade econômica.
“Na discussão sobre o tema das expectativas de inflação, a principal conclusão obtida e compartilhada por todos os membros do Comitê foi de que, em ambiente de expectativas desancoradas, exige-se uma restrição monetária maior e por mais tempo do que outrora seria apropriado”, disse.
A ata afirmou ainda que, dada a política fiscal corrente e futura, adotará a condução de política monetária apropriada para a convergência da inflação à meta.
“Um estímulo significativo nos últimos anos adveio da política fiscal… O Comitê segue utilizando a política fiscal como insumo em sua análise e, dada a política fiscal corrente e futura, adotará a condução de política monetária apropriada para a convergência da inflação à meta”, afirmou.
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Na semana passada, o BC decidiu elevar a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, a 14,75% ao ano, e deixou em aberto o que fará na reunião de junho, apontando uma dependência de dados e indicando a necessidade de uma dose alta de juros por período prolongado.