BC da Inglaterra mantém os juros em 5,0% e defende gradualismo

Em seu comunicado, o BC da Inglaterra destacou que uma abordagem gradual para remover a política restritiva continua sendo apropriada e que essa estratégia vai durar por um período suficientemente longo

Roberto de Lira

Sede do Banco da Inglaterra em Londres -  03/07/2024 (Foto: Maja Smiejkowska/Reuters)
Sede do Banco da Inglaterra em Londres - 03/07/2024 (Foto: Maja Smiejkowska/Reuters)

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O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) manteve nesta quinta-feira (19) sua taxa básica de juros 5,0%, após concluir sua reunião de política monetária. Mais uma vez, a decisão do BoE não foi unânime, com 8 diretores votando a favor da manutenção e um optando por um corte de 0,25 ponto percentual.

A decisão ocorreu um dia depois de o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) ter anunciado o início de seu ciclo de afrouxamento monetário, com um corte de 0,50 ponto percentual em suas taxas, e também na sequência da confirmação de que a inflação ao consumidor (CPI) britânica permaneceu em 2,2% anualizados em agosto.

Em seu comunicado, o BC da Inglaterra destacou que uma abordagem gradual para remover a política restritiva continua sendo apropriada e que essa estratégia vai durar por um período suficientemente longo até que os riscos para que a inflação regresse de forma sustentável ao objetivo de 2% no médio prazo se dissipem ainda mais.

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De acordo com o comunicado, desde a reunião anterior do Comitê de Política Monetária, o crescimento da atividade global continuou em um ritmo constante, embora alguns dados sugerissem maior incerteza em torno das perspectivas de curto prazo.

“Os preços do petróleo caíram, refletindo em grande parte a demanda mais fraca. As trajetórias implícitas de mercado para as taxas de juros nas principais economias avançadas diminuíram.”

O BoE comentou que as decisões de política monetária têm sido guiadas pela necessidade de eliminar do sistema as pressões inflacionárias persistentes, de modo a retornar a inflação medida pelo CPI à meta de 2%, tanto em tempo hábil quanto de forma duradoura. “A política vinha agindo para garantir que as expectativas de inflação permanecessem bem ancoradas”, afirmou o texto.