Após Copom, mercado vê novos cortes na Selic e retração de 4,11% do PIB em 2020

Relatório Focus, do BC, vê Selic encerrando 2020 em 2,50% ao ano, subindo para 3,50% a.a. em 2021

Mariana Zonta d'Ávila

SÃO PAULO – Após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de cortar a taxa básica de juros em 0,75 ponto percentual, sinalizando nova redução na próxima reunião, em junho, o mercado financeiro voltou a rever suas projeções para a Selic neste ano, estimando ainda menor espaço para a alta dos juros em 2021.

Segundo o relatório Focus divulgado nesta segunda-feira (11), é esperado que a Selic encerre o ano em 2,50%, ante expectativa de 2,75% ao ano no último levantamento. Em junho, os juros devem ser cortados em 0,25 ponto percentual, de acordo com o mercado.

Em 2021, os juros devem encerrar o ano no patamar de 3,50%, frente estimativa anterior de 3,75%, subindo para 5,50% até dezembro de 2022 – sem alterações em relação à última semana.

Em meio à fragilidade da atividade brasileira, impactada pelo coronavírus e por medidas de isolamento social, as expectativas para inflação e crescimento da economia do país também foram novamente reduzidas.

A mediana das projeções para o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caiu pela 13ª vez consecutiva, englobando uma visão ainda mais pessimista neste ano. Agora, os economistas veem contração da economia brasileira de 4,11% em 2020, ante expectativa anterior de retração de 3,76%.

Já para 2021, o mercado manteve a estimativa de crescimento de 3,20% da atividade.

Para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a projeção de alta foi cortada pela nona vez consecutiva, desta vez de 1,97% para 1,76%, em 2020. Também houve ajuste na projeção para a inflação de 2021, de 3,30% para 3,25%.

No que tange às previsões para o câmbio, o relatório Focus revelou que a estimativa para o dólar se manteve em R$ 5,00, com alta de R$ 4,75 para R$ 4,83, em 2021.

Top 5

Entre os economistas que mais acertam as previsões, reunidos na categoria “Top 5” do relatório Focus, houve revisões nas estimativas para inflação e câmbio.

Segundo o relatório do BC, o grupo “Top 5 médio prazo” projeta a inflação medida pelo IPCA em 1,97%, em 2020, e em 3,00%, em 2021, ante previsões anteriores de alta de 1,36% e 3,20%, respectivamente.

A expectativa para o dólar, por sua vez, subiu de R$ 5,30 para R$ 5,35, em 2020, e de R$ 5,10 para R$ 5,30, em 2021.

Já a Selic deve encerrar este ano em 2,50% ao ano e o próximo em 3,88% ao ano, estimativas mantidas em relação à semana anterior.

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