Após ameaças de remoção do cargo, Trump muda tom, condena invasão e fala em “transição pacífica” de poder

“Uma nova administração começará no dia 20 de janeiro e meu foco está em uma transição de poder suave, ordeira e imperceptível", afirmou

ANSA Brasil

O ex-presidente dos EUA, Donald Trump (Chip Somodevilla/Getty Images)

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WASHINGTON, 8 JAN (ANSA) – Após um dia inteiro vendo articulações de congressistas para iniciar um processo de remoção, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, publicou um vídeo na noite desta quinta-feira (07) em suas redes sociais em que condena a invasão do Capitólio e fala em “transição pacífica” de poder.

“Uma nova administração começará no dia 20 de janeiro e meu foco está em uma transição de poder suave, ordeira e imperceptível. Esse momento pede por cura e reconciliação”, diz Trump, ressaltando que após eleições “intensas” é “hora de resfriar os ânimos e de retomar a calma – e voltar à normalidade”.

Diferentemente do que vem fazendo desde 3 de novembro, quando as urnas foram fechadas, Trump não falou sobre “fraude eleitoral”, mas sim que sua equipe buscou contestar legalmente os resultados para “garantir a integridade do voto e defender a democracia norte-americana”.

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O presidente vem acusando, sem provas, que houve fraudes durante a disputa eleitoral como democrata Joe Biden. No entanto, a campanha perdeu mais de 50 ações judiciais por falta de provas, incluindo duas na Suprema Corte, que tem a maioria conservadora.

Além disso, os resultados foram certificados pela Justiça de cada um dos 50 estados, pelo Colégio Eleitoral e ratificados pelo Congresso na madrugada desta quinta-feira (07).

Citando que os EUA são o país “da lei e da ordem”, o republicano condenou as pessoas que invadiram o Capitólio durante a sessão que certificaria a vitória de Biden. “Aos que se engajaram em atos de violência e de destruição, eu digo que vocês não representam o nosso país. Para aqueles que desrespeitaram a lei, vocês irão pagar”, pontuou.

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Também nesse ponto o discurso mudou. Enquanto ainda acontecia a invasão, em protesto em frente ao Capitólio incitado pelo próprio presidente, Trump postou várias mensagens elogiando os manifestantes, dizendo entender que eles estavam irritados com o “roubo” nas eleições, mas pedindo para que eles parassem e fossem para casa. Os elogios aos invasores fizeram, inclusive, as redes sociais bloquearem as contas do mandatário temporariamente.

Ao fim do vídeo, Trump diz que “sabe que vocês estão desiludidos”, referindo-se aos seus eleitores, mas disse que “essa incrível viagem está só no início” e que foi uma “grande honra” ser o presidente do país nos últimos quatro anos.

Durante toda a quinta-feira, congressistas republicanos e democratas debateram abertamente a possibilidade de ativar a 25ª emenda da Constituição, que remove o presidente no caso de incapacidade. Para isso, seu vice, Mike Pence, precisaria fazer o procedimento.

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No entanto, apesar de ter ficado “com raiva” da postura de Trump no dia da invasão, segundo relatam diversas fontes da mídia norte-americana, Pence não estava disposto a fazer o procedimento.

Por isso, os democratas estavam se organizando para fazer um novo processo de impeachment de Trump – apesar do próprio Biden se dizer contra a remoção faltando menos de duas semanas para o fim do mandato do republicano. (ANSA).

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