Após 20 mortes, China diz não querer confronto com Índia

Tensão na fronteira deixou vítimas entre soldados indianos

ANSA Brasil

Bandeiras da China e da Índia (Foto: Getty Images)

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PEQUIM, 17 JUN (ANSA) – Após as tensões que culminaram na morte de pelo menos 20 soldados da Índia na região fronteiriça de Ladakh, a China disse nesta quarta-feira (17) que não deseja “outros confrontos” com o país vizinho.

Segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Pequim, Zhao Lijian, a situação na área está “sob controle”. “A culpa não é da China, mas as partes estão em estreita comunicação para resolver a questão por meio de canais diplomáticos e militares”, afirmou.

Além disso, os ministros das Relações Exteriores das duas potências nucleares, Wang Yi e Subrahmanyam Jaishankar, conversaram por telefone e reiteraram e necessidade de “acalmar as tensões”.

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Por outro lado, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, disse que tem “orgulho” dos soldados que faleceram na fronteira e que suas mortes “não serão em vão”. Ladakh fica em uma área montanhosa reivindicada pelos dois países mais populosos do mundo na Caxemira, que também é alvo de tensões entre Índia e Paquistão.

Os confrontos ocorreram na última segunda-feira (15), no Vale de Galwan, no episódio mais grave na região desde 1975. A China diz que soldados indianos atravessaram a fronteira sem autorização, enquanto Nova Délhi culpa o país vizinho pelo incidente.

Nenhum tiro teria sido disparado durante a confusão. “Eles acertaram nossos garotos na cabeça com bastões de metal enrolados em arame farpado. Nossos garotos lutaram com as próprias mãos”, disse um militar da Índia à BBC.

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Segundo ele, havia 55 indianos contra 300 soldados chineses. A fronteira entre os dois países na região é delimitada por uma precária “Linha de Controle Real” (LAC, na sigla em inglês), mal demarcada em um terreno repleto de rios e montanhas inóspitas.

O último tiroteio nessa área ocorreu em 1975, quando quatro indianos foram mortos, mas, desde então, houve diversos embates sem armas de fogo entre tropas dos dois lados. (ANSA)