Apesar do impacto negativo das tarifas, soberania nacional é inegociável, diz Fiesp

A entidade da indústria paulista lembra que os Estados Unidos têm "relevante superávit" com o Brasil não só na balança comercial, mas também na balança de serviços

Lara Rizério

(Egil Fujikawa/Wikimedia)
(Egil Fujikawa/Wikimedia)

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A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) defendeu em nota que a soberania do Brasil é inegociável, apesar do impacto que a tarifa de 50%, anunciada ontem pelo governo americano, terá sobre as exportações brasileiras.

“Apesar do impacto negativo para a indústria brasileira da elevação de tarifas unilateralmente pelos EUA, entendemos que a soberania nacional é inegociável. Este é um princípio balizador” afirma a entidade em nota assinada por seu presidente, Josué Gomes da Silva.

Segundo a Fiesp, quando razões não econômicas são usadas para justificar a quebra do regramento comercial e do direito internacional, é importante reafirmar que o Brasil, assim como os Estados Unidos, é uma nação soberana.

A entidade da indústria paulista lembra que os Estados Unidos têm “relevante superávit” com o Brasil não só na balança comercial, mas também na balança de serviços, onde o saldo a favor dos americanos é ainda maior.

A Fiesp conclui a nota manifestando a expectativa de que a diplomacia e as negociações equilibradas prevaleçam, e que o bom senso volte a nortear a relação entre EUA e Brasil, a despeito de ideologias e preferências pessoais.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.