Ao lado de Macron, Lula volta a defender acordo Mercosul-União Europeia

Na véspera, presidente afirmou que proposta era "muito ruim"

Reuters

Lula e Macron visitam a Ilha do Combú, perto de Belém, no Pará 26/03/2024 REUTERS/Ueslei Marcelino

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta quinta-feira (28) o acordo comercial negociado pelo Mercosul e a União Europeia, em declaração dada ao lado do presidente francês, Emmanuel Macron, que na véspera descreveu o acordo como “muito ruim”.

Lula disse que acordo como está proposto agora é muito mais promissor do que a versão anterior, e afirmou que as partes vão continuar conversando. Ele lembrou que a negociação não é entre países individualmente, mas sim entre os blocos Mercosul e União Europeia.

“Se o Macron tiver que brigar com alguém não é com Brasil, é com a União Europeia”, disse Lula em entrevista coletiva ao lado de Macron, no Palácio do Planalto.

Na véspera, durante discurso realizado em São Paulo, Macron disse que um potencial acordo comercial entre UE e Mercosul, como está atualmente, é um “acordo muito ruim” e que é preciso mais trabalho sobre a questão climática.

Lula também afirmou na entrevista que é “grave” que uma candidata indicada pela oposição venezuelana para disputar as eleições deste ano não tenha conseguido se registrar para o pleito.


Meio ambiente

Além de defender o desejo do acordo entre os dois blocos, o presidente brasileiro voltou a fazer a defesa do compromisso do país com o meio ambiente.

Lula afirmou que o presidente francês, Emmanuel Macron, pôde constatar pessoalmente durante visita ao Brasil que o compromisso brasileiro com o meio ambiente não é retórico.

Lula fez a declaração ao lado de Macron no último dia de uma viagem de três dias do líder francês ao Brasil, que incluiu uma visita de ambos os presidentes a uma comunidade indígena em Belém (PA), cidade que receberá a cúpula do clima da ONU, a COP-30, em 2025.