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SÃO PAULO – A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês), entidade que regula o setor farmacêutico na União Europeia, aprovou a manutenção do uso da vacina Oxford/AstraZeneca contra a Covid-19 nos países-membros do bloco econômico. A decisão foi anunciada em coletiva nesta quinta-feira (18).
A polêmica da vacina Oxford/AstraZeneca e os países do bloco começou no dia 7 de março, quando relatos de trombose em pacientes que receberam o imunizante fizeram o governo da Áustria suspender a aplicação da vacina.
Poucos dias depois, Dinamarca e Noruega se juntaram aos austríacos e também suspenderam a vacinação. Até a última terça-feira (16), mais de 20 países ao redor do mundo seguiram o exemplo da Áustria, incluindo Alemanha, França e Itália.
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A AstraZeneca afirmou que até o dia 14 de março, mais de 17 milhões de pessoas foram vacinadas no Reino Unido e União Europeia, com apenas 40 casos de trombose sendo relatados.
“Essa é uma vacina segura e efetiva”, disse Emer Cooke, diretora-geral da AEM, em coletiva. “Seus benefícios de proteger pessoas de Covid-19 superam os possíveis riscos”.
“O comitê também concluiu que a vacina não está associada ao aumento geral de episódios de tromboembolismo ou de coágulos sanguíneos”, continuou. No entanto, Cooke afirmou que a agência continuará monitorando possíveis associações entre a vacina e a trombose.
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Na terça-feira (16), Cooke já havia sinalizado que a EMA não iria seguir a linha de precaução dos países europeus. “Nós temos uma obrigação com todos os cidadãos europeus de dar uma resposta clara e baseada em evidências científicas”, disse Cooke.
Vacina de Oxford/AstraZeneca no Brasil
No Brasil, quase 3 milhões de pessoas já receberam doses da vacina, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Na última segunda-feira (15), a agência afirmou que não há nenhum relato de efeitos colaterais graves decorrentes da vacina Oxford/AstraZeneca no país.
“A Anvisa está monitorando nesse conjunto a ocorrência de cinco casos suspeitos de eventos tromboembólicos aqui ocorridos, não havendo, até o momento, correlação estabelecida entre o uso da vacina Fiocruz/Astrazeneca com eventos adversos relacionados à coagulação sanguínea”, afirmou a Anvisa em nota.
“O lote suspeito – ABV5300 – é fabricado pela Astrazeneca e não é utilizado no Brasil. As vacinas utilizadas no Brasil, até a presente data, que foram importados pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos – Bio-Manguinhos/Fundação Oswaldo Cruz, provêm do Serum Institute of India Pvt. Ltd, outro sítio de fabricação da vacina e, portanto, lotes diferentes daquele utilizado nos países relatados”, afirmou a agência.
O comunicado veio da Gerência Geral de Monitoramento de Produtos Sujeitos à Vigilância Sanitária.
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