2ª vacina produzida pela Rússia é “100% eficaz”, informou agência russa à imprensa local

Resultado de eficácia, porém, ainda é muito preliminar, já que dados foram baseados em estudos de Fase I e II

Allan Gavioli

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SÃO PAULO – Nesta terça-feira (19), a Rússia informou que sua segunda vacina contra a Covid-19 produzida no país, conhecida como EpiVacCorona, provou ser “100% eficaz” em testes no estágio inicial. A informação foi dada pelo Rospotrebnadzor, órgão russo de vigilância da saúde do consumidor, à agência de notícias russa Tass.

O resultado de eficácia, porém, ainda é muito preliminar. Os dados foram baseados em estudos de Fase I e de Fase II. Também foram divulgados antes do início de Fase III. Essa etapa de estudos é mais completa e robusta, envolvendo milhares de participantes e um grupo de placebo como comparação. Já as Fases I e II envolvem apenas dezenas a centenas de voluntários.

Os estudos de Fase I e II testaram segurança, reatogenicidade (capacidade de gerar reação adversa) e imunogenicidade (capacidade de gerar resposta imune) da potencial vacina em 100 pessoas com idades entre 18 e 60 anos, de acordo com o registro de ensaios estaduais replicados pela Tass.

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“A eficácia da vacina é composta por sua eficácia imunológica e eficácia preventiva”, relatou a Tass citando o Rospotrebnadzor. “De acordo com os resultados de primeira e segunda fases dos testes clínicos, a eficácia imunológica da vacina EpiVacCorona é de 100%”, continua a nota da agência de notícias, que diz também que a EpiVacCorona está sendo desenvolvida pelo Instituto de Vetores da Sibéria e está em testes desde novembro.

Rússia conta com duas vacinas

Antes dos debates sobre a EpiVacCorona, Moscou já havia informado que sua outra vacina aprovada, a Sputnik V, era 92% eficaz na proteção de pessoas contra a Covid-19, com base em resultados preliminares de Fase III.

A Tass informa que, logo após a Rússia registrar a vacina Sputnik V [em agosto de 2020], o governo do país informou que poderia vacinar 60% da população contra a Covid-19 em “poucos meses”. A vacinação começou no final de novembro do último ano.

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Diante de uma imunização mais lenta do que a prevista, Vladimir Putin, o presidente russo, ordenou que vacinações em massa comecem nesta semana utilizando a Sputnik V. Ainda segundo a agência russa de notícias, a EpiVacCorona será usada na campanha vacinação do país a partir de março de 2021.

Além da Rússia, o imunizante já está sendo aplicado na Argentina e em Belarus. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou no último sábado (16) que devolveu a documentação referente ao pedido de uso emergencial da Sputnik V ao laboratório União Química, informando que os papéis não apresentam “requisitos mínimos para submissão e análise.”

Allan Gavioli

Estagiário de finanças do InfoMoney, totalmente apaixonado por tecnologia, inovação e comunicação.