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SÃO PAULO – As taxas oferecidas pelos títulos públicos negociados no Tesouro Direto, programa que possibilita a compra e venda de papéis por investidores pessoas físicas por meio da internet, operavam em queda na tarde desta quinta-feira (19).
O movimento foi reflexo de que as taxas de juros podem cair ainda mais. Na noite de quarta-feira (18), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central cortou a Selic em 0,50 ponto percentual, para 5,50% ao ano – menor patamar histórico para a taxa básica de juros no país.
A decisão já era esperada por grande parte do mercado, que vê novos cortes ainda este ano. De acordo com o boletim Focus, do Banco Central, a projeção dos economistas é de que os juros encerrem 2019 em 5,00% ao ano.
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A visão de que o ciclo de corte de juros ainda não acabou foi reforçada pelo Copom no comunicado: “A consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva deverá permitir ajuste adicional no grau de estímulo.” O BC enfatiza, porém, que os próximos passos da política monetária irão depender da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação.
O discurso mais “dovish“, ou seja, favorável a juros baixos, levou a projeções ainda mais agressivas do que o esperado, o que estimula queda mais brusca dos títulos públicos. Em relatório publicado após a decisão, a XP Investimentos destacou o discurso favorável a novos cortes da Selic por parte do BC e revisou suas projeções para a taxa de juros para 4,5% em 2019 — com dois cortes de 0,50 ponto percentual nas reuniões de outubro e dezembro —, ficando estável nesse patamar até o fim de 2020.
Com juros na mínima histórica e projeções ainda menores para a Selic até o fim do ano, como ficam os retornos dos investimentos em renda fixa e como o investidor conservador pode aplicar seu dinheiro? O InfoMoney conversou com especialistas do mercado para entender quais as alternativas com Selic a 5,5% ao ano. O resultado você confere aqui.
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No Tesouro Direto, o papel indexado ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) com juros semestrais e vencimento em 2026 pagava uma taxa de 2,78% ao ano, ante 2,88% a.a. na abertura do dia. O investidor podia adquirir o título integralmente por R$ 3.897,57 ou aplicar uma quantia mínima de R$ 38,97 (recebendo uma rentabilidade proporcional à aplicação).
Os papéis com vencimentos em 2035 e 2045, por sua vez, pagavam a inflação mais 3,48%% ao ano, ante 3,50% a.a. anteriormente.
Já nos títulos com rendimento prefixado, o retorno do prazo em 2022 recuava de 5,58% para 5,57% ao ano.
Indexados ao IPCA | ||||||
Tesouro IPCA+ 2024 | 15/08/2024 | IPCA + 2,73% | R$ 56,81 | R$ 2.840,55 | ||
Tesouro IPCA+ 2035 | 15/05/2035 | IPCA + 3,48% | R$ 38,00 | R$ 1.900,49 | ||
Tesouro IPCA+ 2045 | 15/05/2045 | IPCA + 3,48% | R$ 40,53 | R$ 1.351,18 | ||
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2026 | 15/08/2026 | IPCA + 2,78% | R$ 38,97 | R$ 3.897,57 | ||
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 | 15/05/2035 | IPCA + 3,33% | R$ 43,39 | R$ 4.339,03 | ||
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 | 15/08/2050 | IPCA + 3,52% | R$ 47,44 | R$ 4.744,62 | ||
Prefixados | ||||||
Tesouro Prefixado 2022 | 01/01/2022 | 5,57% | R$ 35,36 | R$ 884,04 | ||
Tesouro Prefixado 2025 | 01/01/2025 | 6,73% | R$ 35,48 | R$ 709,65 | ||
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2029 | 01/01/2029 | 7,06% | R$ 36,42 | R$ 1.214,01 | ||
Indexados à Taxa Selic | ||||||
Tesouro Selic 2025 | 01/03/2025 | Selic + 0,02% | R$ 103,17 | R$ 10.317,41 |
Fonte: Tesouro Direto
Baixo risco, liquidez e acessibilidade
O Tesouro Direto é considerado a opção de investimento com o menor risco no Brasil e com ampla acessibilidade, dado o investimento mínimo a partir de R$ 30. Outra vantagem do programa diz respeito à liquidez, com a possibilidade de recompra diária dos títulos públicos pelo Tesouro.
O investidor pode aplicar em títulos públicos diretamente pelo site do Tesouro, se cadastrando primeiro no portal e abrindo uma conta em uma corretora, como a Rico Investimentos, por exemplo, para intermediar as transações. Atualmente, a maior parte das instituições financeiras habilitadas a operar no programa não cobra taxa de administração.
O único custo obrigatório que recai sobre o investimento em títulos públicos pelo Tesouro Direto corresponde à taxa de custódia, de 0,25% ao ano sobre o valor dos títulos, cobrada semestralmente no início dos meses de janeiro e de julho.
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