Qual a rentabilidade do Tesouro Direto? Conheça os títulos públicos e os ganhos de cada um deles

O Tesouro Nacional oferece cinco tipos diferentes de investimentos, com taxas prefixadas ou pós-fixadas

Equipe InfoMoney

O Tesouro Direto é um programa do governo federal que compra e vende títulos públicos. Considerado uma opção de investimento de baixo custo e segura do ponto de vista de risco de crédito (calote do emissor), a plataforma permite investimentos mínimos de R$ 30.

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Uma das perguntas mais frequentes de quem está começando a conhecer o Tesouro Direto é sobre qual a rentabilidade dos títulos públicos.

Antes de mais nada, é preciso entender que o Tesouro Direto é apenas o nome da modalidade de investimento, sendo que a aplicação de fato é feita em títulos do governo.

Perguntar sobre os ganhos do Tesouro Direto seria como perguntar qual é o preço de um carro de modo geral, enquanto falar em títulos públicos seria como perguntar o preço de modelos específicos de carros.

Os títulos públicos são ativos que representam dívidas emitidas diretamente pelo Tesouro Nacional às pessoas físicas – ou seja, é como se a população emprestasse dinheiro para o governo e, em troca, ganhasse o valor investido acrescido de juros.

Eles podem ser prefixados, quando o investidor sabe exatamente quanto ganhará no momento da aplicação, ou pós-fixados, em que a rentabilidade é atrelada a um indexador como índice de inflação (IPCA) ou taxa de juros (Selic).

Existem, atualmente, cinco títulos públicos oferecidos todos os dias no mercado. São eles:

Tesouro Prefixado (LTN): o investidor sabe exatamente quanto receberá no momento da compra, recebendo todo o valor após a data de vencimento, independente das mudanças de cenário para os investimentos. A rentabilidade pode ser diferente dependendo do prazo para aplicação – quanto mais longo, normalmente maior é a taxa –, oscilando no fim de outubro entre taxas próximas a 8,16% e 10,2% ao ano.

Tesouro Prefixado com Juros Semestrais (NTN-F): o investidor também sabe exatamente quanto receberá no momento da compra, mas o fluxo de pagamento é diferente: nesse título público, o investidor recebe pagamentos a cada seis meses, que funcionam como uma antecipação da rentabilidade contratada – e não uma rentabilidade adicional.

Tesouro Selic (LFT): esse é um título público em que o rendimento é totalmente atrelado à taxa Selic, o que normalmente é indicado para investidores de perfil mais conservador. Essa taxa tem a sua meta definida pelo Banco Central, em um período próximo a cada 40 dias, e que hoje está em 6,50% ao ano. O pagamento é feito apenas após a data de vencimento.

Tesouro IPCA+ (NTN-B Principal): a rentabilidade desse título público é dividida em duas partes: uma parcela prefixada e outra parcela atrelada ao IPCA, o índice oficial de inflação usado pelo Governo. Essa composição garante que o investidor sempre terá um retorno acima da inflação, e por isso costuma ser indicado para aplicações de longo prazo. O pagamento é feito apenas após a data de vencimento. No fim de outubro, as taxas desse papel variavam próximas a 5% ao ano, enquanto a expectativa de economistas consultados pelo Banco Central para o IPCA estava em 4,30% para este ano e 4,20% para o próximo.

Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais (NTN-B): Semelhante ao IPCA+, a rentabilidade também é dividida entre uma taxa prefixada e a variação do IPCA, mas com a diferença de que o Tesouro Nacional realiza pagamentos semestrais, para quem busca complementar a renda com os títulos públicos.

O investidor também deve permanecer atento ao fato de que, se decidir vender os títulos públicos antecipadamente, abrirá mão da rentabilidade contratada e receberá o valor de acordo com os preços dos títulos públicos definidos a mercado, que podem oscilar diariamente para cima ou para baixo.

Dependendo do cenário, vender antes da data de vencimento pode abrir oportunidade para ter ganhos turbinados também na renda fixa. Isso porque investidores que compraram títulos a taxas mais altas, conseguem vender o papel a preços superiores dos adquiridos, já que é mais vantajoso aos demais investidores pagar um pouco mais no seu papel para ter uma rentabilidade maior.

O Tesouro Selic é o único dos títulos públicos que não sofre com mais intensidade essa variação diária nos valores e, por isso, costuma ser indicado para quem pode precisar do dinheiro a qualquer momento.

Confira, abaixo, um quadro com a rentabilidade dos títulos públicos disponíveis para venda na manhã do dia 30 de outubro:

Título Vencimento Rendimento (ao ano)
Tesouro IPCA+ 2024 (NTN-B Principal) 15/08/2024 4,70% + IPCA
Tesouro IPCA+ 2035 (NTN-B Principal) 15/05/2035 5,15% + IPCA
Tesouro IPCA+ 2045 (NTN-B Principal) 15/05/2045 5,15% + IPCA
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2026 (NTN-B) 15/08/2026 4,73% + IPCA
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035 (NTN-B) 15/05/2035 5,02% + IPCA
Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2050 (NTN-B) 15/08/2050 5,13% + IPCA
Tesouro Prefixado 2021 (LTN) 01/01/2021 8,16%
Tesouro Prefixado 2025 (LTN) 01/01/2025 9,77%
Tesouro Prefixado com Juros Semestrais 2029 (NTN-F) 01/01/2029 10,19%
Tesouro Selic 2023 (LFT) 01/03/2023 Taxa Selic + 0,01%

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