Como usar o tempo a seu favor ao investir

Para você, o quanto é suficiente para viver confortavelmente? Como separar recursos para cada momento da vida?  

Equipe InfoMoney

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Autor:Glenda Ferreira, Economista e Planejadora Financeira da Levante!

Enquanto a tartaruga das Ilhas Seychelles chega a viver mais de 150 anos, a vida média de uma mosca doméstica é de apenas 30 dias.

No nosso caso, os brasileiros têm a expectativa de vida média de pouco mais de 74 anos. Por isso, para cada expectativa, um ajuste necessário.

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Para você, o quanto é suficiente para viver confortavelmente? Como separar recursos para cada momento da vida?

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Entre ter retornos anuais consistentes ao longo do tempo ou um grande ganho lá na frente (igual ao total acumulado na primeira opção), qual você iria preferir?

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É muito provável que a maioria dos investidores não opte por só ganhar lá na frente. A preferência costuma ser por ter rendimentos altíssimos agora. Amanhã. E depois de amanhã também. E mais, sem nenhum ano de prejuízo.

Corta para a realidade: um sobe e desce que vai da renda fixa até a variável que faz parte da vida dos investidores.

Ainda mais quando colocamos na conta que vivemos no Brasil, um país em que a estabilidade dos mercados não dura por muito tempo.

Almoço grátis: ainda não tem

Para efeitos práticos, o que seria o mundo ideal para os investidores é o longo, longuíssimo prazo. Essa deveria ser – ao menos em tese – a preocupação. Consistência de uma carteira bem equilibrada.

Mas, por diversas vezes (muito mais do que eu gostaria), me deparo com pessoas focadas apenas em ganhos por meio de apostas rápidas. O famoso ganho fácil. Isso sem nem ao menos a constituição de um portfólio completo. Não é só deixar o dinheiro na poupança e “apostar” em algumas ações.

Mas além desses casos (caos) extremos, não é difícil ver que uma carteira altamente concentrada em títulos prefixados e ações sofrem bastante em momentos críticos.

Quem passa por estes momentos, sofre inclusive com outras consequências: um psicológico abalado que pode se tornar avesso a perdas.

E o grande problema é que, nessa hora, o prejuízo pode ser o seu motivo para resgatar. De fundo de investimentos a títulos privados, quando o desespero chega, muitos sacam no pior momento.

Daí a importância de portfólios equilibrados: moderação é a palavra de ordem.

Harmonização

Em primeiro lugar, o seu colchão de liquidez deve estar bem confortável.

Calcule conforme as suas necessidades, entre seis a 12 vezes os seus custos mensais (e não salário) para investir em ativos líquidos. As opções mais conhecidas são: Tesouro Selic e CDBs com liquidez diária.

Passou por alguma emergência? É só utilizar este recurso.

Próximo passo é planejar em prazos médios. Está planejando aquela viagem no próximo ano? Ou vai trocar de carro?

Todos têm gastos para daqui algum tempo que podem ser programados.

Se você sente que não é possível separar facilmente os recursos para cada item, pense em “caixinhas” diferentes.

Pode até utilizar produtos financeiros com prazos programados para ajudar. Como um CDB com vencimento para daqui dois anos. O lado bom é que você não corre o risco de resgatar – pode ser uma forma de frear os seus impulsos.

E, por fim, não esqueça de sua aposentadoria.

A verdade é que assim como a tartaruga que anda, mas nunca para, os seus ganhos devem seguir também neste ritmo.

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