Para ganhar dinheiro, invista como os grandes

Esse ano já foram movimentados R$ 60,5 bilhões, contra R$ 21,8 bilhões de janeiro a maio de 2017, a partir de 82 emissões

Equipe InfoMoney

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Autor:Glenda Ferreira, Economista e Planejadora Financeira da Levante!

Temor de uma guerra comercial internacional, indefinição eleitoral, volatilidade dos indicadores financeiros, taxa básica de juros em suas mínimas históricas… Este é apenas um resumo do quadro atual.

Para o investidor, esse cenário todo causa arrepios. Afinal, são diversas razões para ficar apreensivo e temer consequências desastrosas ou ainda eventos inesperados.

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Se você caminha em direção à aversão ao risco, conta como solução um investimento que toma a dianteira e maior destaque: os instrumentos de renda fixa.

Esse ano já foram movimentados R$ 60,5 bilhões (só em debêntures foram R$ 45,6 bilhões), contra R$ 21,8 bilhões de janeiro a maio de 2017, a partir de 82 emissões.

E é justamente para onde você deveria olhar agora. Com tantas novas oportunidades, hoje o foco recai sobre as debêntures incentivadas.

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Sabe por quê?

Já comentei aqui a respeito da dinâmica das debêntures (cada uma é bem diferente da outra) com as suas principais características. São basicamente uma forma que as empresas têm para captar recursos, como um empréstimo do seu dinheiro para a empresa. As incentivadas, especialmente, estão em um ótimo momento.

As emissões de debêntures incentivadas de infraestrutura já passaram da casa dos R$ 10 bilhões este ano. E isso sem contar as ofertas em andamento.

É o maior volume para um ano desde que foram feitas as primeiras operações, em 2012, no âmbito da Lei 12.431, que regula o instrumento. Isso significa que desde então, o governo brasileiro optou por conceder a isenção fiscal aos investidores pessoa física. O objetivo era de ampliar as alternativas de financiamento da economia e promover o mercado de capitais como fonte de recursos de longo prazo, especialmente para projetos de infraestrutura.

Em um cenário em que a pauta dos candidatos à presidência recai sobre tributar ou não os dividendos, por exemplo, aqui temos uma bela vantagem.

Isso sem contar os impulsos adicionais que incentivam novas emissões. Por exemplo, acompanhamos a recente mudança da política de investimento do BNDES (que fechou a torneira do crédito para as empresas) e o crescimento do número de projetos de infraestrutura.

Quem ganha com essa nova perspectiva é você, investidor, e também os investidores institucionais, que estão de olho nesse espaço, mesmo sem contar com o benefício tributário.

Se quem movimenta significativos montantes de dinheiro em cada investimento estão caminhando nessa direção, por que não acompanhar também?

Em contrapartida, com tanta gente entusiasmada, as taxas sofreram uma leve redução. Mas ainda assim, o retorno está bem interessante. A taxa de juros média está em 6% mais a variação do IPCA (inflação).

Se a sua preferência é por investimentos atrelados ao CDI (que são a opção mais comum), não desconsidere olhar o ganho já acima da inflação.

Qual é o risco na renda fixa?

Como você provavelmente já sabe, as maiores taxas de rendimento normalmente são acompanhadas por uma dose maior de risco – mesmo na renda fixa.

Assim como qualquer ativo financeiro, as debêntures têm riscos, mas que podem ser minimizados se bem avaliados antes da aquisição. Atenção especial: é fundamental conhecer bem a empresa emissora e qual será o destino dos recursos emprestados.

Se o longo prazo não te agrada, já há mais um ponto a favor

Estão em questão projetos de infraestrutura, não podemos escapar de prazos mais longos. Mesmo porque não se constrói uma usina de geração de energia ou um aeroporto em poucos meses, não é?

Caso você não queira esperar o vencimento do papel para vendê-lo, atualmente conta com uma facilidade.

Isso porque o mercado secundário de debêntures incentivadas foi movimentado no primeiro semestre deste ano. Segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Abima), o volume passou de R$ 4 bilhões no primeiro semestre de 2017 para R$ 8,7 bilhões; no mesmo período de 2018, o crescimento é de 116%.

A tradução disso é maior facilidade em encontrar um comprador para o seu papel. Uma vez que o mercado secundário é o nome que damos quando terceiros (que não a empresa emissora) negociam a compra ou a venda de um título – aí você poderá receber uma taxa maior ou menor do que aquela que você contratou inicialmente. Preste atenção, pois o seu rendimento poderá ser comprometido.

Ainda que a preferência seja por carregar o papel até o vencimento (assim você saberá exatamente quanto receberá), caso seja necessário, agora você terá mais chance de vender o título antecipadamente. Um ponto positivo que revela maior desenvolvimento do mercado de capitais brasileiro com mais chances aos investidores.