Aprenda um modo fácil de ganhar em renda fixa mesmo com Selic baixa

Conhecer a maior quantidade de alternativas de investimentos é primordial em um ambiente de Selic em sua mínima histórica

Equipe InfoMoney

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Autor:Glenda Ferreira, Especialista em Investimentos da Levante Ideias de Investimentos

Conhecer a maior quantidade de alternativas de investimentos é primordial em um ambiente de Selic em sua mínima histórica.

É preciso estar atento desde os investimentos mais simples até os mais sofisticados para não deixar passar nenhuma oportunidade. Dentre as aplicações menos conhecidas (o que não exclui altos retornos e isenção tributária) estão os Certificados de Recebíveis Imobiliários e do Agronegócio.

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Conhecidos como CRIs e CRAs, os dois papeis são bem similares, diferem em relação ao lastro de cada um, para o mercado imobiliário e o rural, respectivamente.

Ambos são bem parecidos com as LCIs e LCAs (que eu já comentei aqui – http://www.infomoney.com.br/conteudo-do-leitor/noticia/7390152/conheca-investimentos-livres-impostos-mais-vantajosos-que-poupanca) devido ao destino dos recursos e por terem rendimentos isentos de Imposto de Renda e IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) – fato que todo investidor sempre fica de olho.

Mas as semelhanças acabam aí.

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A estruturação dos CRIs e CRAs é um pouco mais complexa.

Aqui, não há banco intermediador como ocorre nas letras. A empresa que inicialmente concede o crédito para o empreendimento imobiliário ou para a produção rural utiliza os certificados de recebíveis para antecipar seus recebimentos.

Para tanto, contrata uma securitizadora, companhia especializada em “empacotar” esses créditos na forma de títulos de renda fixa.

A securitizadora então emite os CRIs e CRAs, transmitindo aos investidores o direito de recebimento. Enquanto a empresa que concedeu o crédito inicialmente, recebe à vista.

Então o investidor está adquirindo, na verdade, o fluxo de rendimentos de créditos concedidos para financiar projetos imobiliários ou do agronegócio.

Devido ao risco do crédito, os papéis representam uma possibilidade de potencializar a sua rentabilidade (entenda receber um prêmio sobre os juros reais ou ganhos acima do CDI). E mais, ainda recebe pagamentos de juros semestrais ou anuais em grande parte das vezes.

Mas (como não existe almoço grátis) a análise das empresas emissoras para não é trivial.

Cada emissão é bem customizada, varia bastante caso a caso. Por essa razão, detalhes como vencimento, amortização, pagamento de juros e garantias, mudam em cada uma e devem ser conferidos no prospecto.

Retomada potencial

Com a latente recuperação econômica, as empresas estão voltando a se financiar via operações de mercado de capitais.

Atualmente, o estoque de CRIs está em R$ 73 bilhões, enquanto de CRAs em R$ 30 bilhões, segundo a Cetip (Central de Custódia e Liquidação de Títulos Privados), e com espaço para aumentar ainda mais.

Os CRIs patinam devido a lenta (porém esperada) recuperação do mercado imobiliário que ainda não cria contratos de empréstimos suficientes para servirem de garantia para novas emissões.

Já os CRAs têm espaço para crescer, com muitas empresas de primeira linha, mesmo de outros setores, captando recursos para compras do agronegócio, como supermercados ou empresas de alimentos.

Salvaguardas

Não há garantia do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), por serem títulos emitidos por empresas, que não ameaçam o sistema financeiro.

Por isso, vale olhar o rating da empresa (http://www.infomoney.com.br/conteudo-do-leitor/noticia/7404309/como-fugir-maior-risco-existente-nos-investimentos-renda-fixa). Mas além disso, é essencial entender como o título é estruturado – o que originou o recebível, o que está por trás do certificado – uma vez que o maior risco é de calote nos lastros.

A atenção é para quanto o risco maior, taxas mais atraentes são oferecidas aos investidores.

Por outro lado, as empresas podem oferecer reforços de garantia além dos próprios lastros, imóveis ou safras agrícolas. (Tanto para aumentar a confiança aos investidores, como para conseguirem emitir a taxas menores.)

Uma dessas formas é por meio da fiança. É possível que sejam oferecidas cartas de fiança, ou seja, outras instituições se comprometem a pagar a dívida ou parte dela em eventual problema financeiro.

Ou ainda com alienação fiduciária, que nada mais é do que a garantia de pagamento da dívida por um imóvel. O bem fica no nome do credor até que a empresa cumpra com todos os pagamentos.<