CONTEÚDO DO LEITOR: Você precisa de um Seguro de Vida?

Confira o texto de Rafael Pacheco, de 38 anos, CFP® e AAI credenciado à XP

Equipe InfoMoney

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Autor: Rafael Pacheco, CFP®, 38 anos, AAI credenciado à XP

Brasil x Mundo 

Infelizmente no Brasil seguros de vida são muito mal vistos. A culpa é em parte dos gerentes de banco e dos corretores, que acreditam que todo mundo precisa deles. Seja por terem uma meta pra bater, ou por só venderem seguros, esses profissionais “empurram” o produto para pessoas que, em sua maioria, não precisam. Mas essa é só parte da história. Não temos a cultura de planejamento financeiro de longo prazo. Nos EUA e Europa, a história é outra. Seguros de vida são um produto popular e presente no dia a dia das pessoas. 

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Não é pra todo mundo 

Você precisa de um seguro de vida? Pra responder, você deve se fazer duas perguntas:

1) Seu patrimônio é suficiente para cobrir as suas responsabilidades financeiras futuras?
2) Seus herdeiros terão liquidez na ocasião do seu inventário?

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Se a reposta for “não” para alguma destas perguntas, talvez você precise de um seguro.

Responsabilidades x Patrimônio

Por responsabilidades financeiras entenda a educação dos seus filhos, o sustento dos seus dependentes, a sobrevivência da sua empresa, ou qualquer outro objetivo que dependa da sua capacidade de trabalho para ser atingido. Se as suas responsabilidades superam o seu patrimônio familiar, e se você faz questão que as suas responsabilidades sejam honradas na sua ausência, então você precisa de um seguro de vida.

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Liquidez no Inventário

No Brasil, quando alguém falece, dá-se início ao processo de inventário. Nesse processo, os bens do falecido são bloqueados para a realização da partilha entre os herdeiros. O custo estimado de um inventário é de 10% a 15% do total do patrimônio envolvido. Caso você tenha um patrimônio de R$ 1 milhão, por exemplo, seus herdeiros precisarão de R$ 150 mil de liquidez imediata para dar conta do seu inventário. Se você tiver receio que os seus herdeiros não possuam os recursos ou a liquidez necessária, você também precisa de um seguro de vida.

Seguros Temporários x Vida Toda

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Há basicamente dois tipos de seguro de vida:

a) Temporários: seguros temporários são muito mais baratos que os seguros para a vida toda, e são ainda mais em conta quando são decrescentes, ou seja, quando o valor da cobertura do seguro diminui com o tempo. Você deve estar se perguntando: mas para que serve um seguro temporário decrescente? Aí vai a boa notícia: para quase todas as suas responsabilidades financeiras. Educação dos filhos e sustento dos dependentes são os maiores exemplos de responsabilidades que diminuem ao longo do tempo, e que portanto podem ser cobertas com seguros temporários decrescentes a um custo muito atrativo.

b) Vida toda (também chamados de whole life): os seguros para a vida toda, como o nome diz, não tem prazo de expiração e nem alteração no valor real da cobertura. E certamente serão pagos aos beneficiários, pois todos virão a falecer um dia. Naturalmente, esse tipo de seguro tem custo muito mais alto do que os temporários. Seguros para a vida toda são especialmente recomendados para prover liquidez aos herdeiros no momento do inventário. A lei garante que os benefícios pagos por um seguro não podem ser inventariados e são isentos de ITCMD.

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Quando se trata de seguros, cada caso é um caso. Mas geralmente a melhor alternativa é uma combinação de seguros temporários para as responsabilidades decrescentes e um seguro de vida toda para o inventário.

Dúvidas? Deixe seus comentários abaixo.

Um abraço e até a próxima!

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