Voo da Malaysia Airlines pode ter sido derrubado por hackers

Apesar de parecer irreal, a hipótese está sendo considerada por alguns especialistas, afirmou o site CSMonito

Luiza Belloni Veronesi

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SÃO PAULO – Uma nova suspeita para a queda do voo 370 da Malaysia Airlines está sendo discutida pelas autoridades: um possível ataque hacker no computador da aeronave.

Apesar de parecer irreal, a hipótese está sendo considerada por alguns especialistas, afirmou o site CSMonitor. Em uma conferência de hackers em abril do ano passado, o especialista em cibersegurança e também piloto, Hugo Teso, demonstrou como um avião poderia ser invadido por um aplicativo de smartphone, desenvolvido por ele próprio.

Na época, autoridades europeias e norte-americanas prontamente contradisseram Teso, afirmando que ele só tinha testado seu aplicativo em computadores de aviões de treinamento de pilotos e não em um sistema de gerenciamento de voo real – que, segundo elas, ambos tinham configurações diferentes. Mas, outros especialistas em segurança chegaram a concordar com Teso.

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Teso, porém, rejeitou publicamente a ideia de que o Boeing 777 da Malaysia Airlines foi invadido por hackers. “Eu gostaria de deixar bem claro que eu não acho que o avião foi derrubado por eles”, afirmou em um site recentemente.

Mesmo assim, ele e os especialistas não descartaram que há vulnerabilidades graves em aviões mais modernos – incluindo o Boeing 777, que desapareceu misteriosamente a caminho da Malásia para a China.

Ainda de acordo com o CSMonitor, os ataques hackers também preocupam a FAA dos Estados Unidos (Agência Federal de Aviação) e os fabricantes de avião estão lutando para melhorar o sistema de gerenciamento. Em novembro, a FAA determinou que aviões similares ao Boeing 777 precisariam cumprir uma série de novas exigências de segurança.

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Segundo um documento divulgado pela agência norte-americana, as redes dos computadores integrados nessas aeronaves apresentaram vulnerabilidade de segurança de rede. “Esta potencial vulnerabilidade de segurança pode resultar em uma destruição intencional, interrupção ou degradação dos dados e sistemas de segurança e manutenção do avião”, relatou o documento.

Com base no documento, o piloto da Força Aérea dos Estados Unidos, diz que o ataque cibernético no voo 370 foi “pelo menos possível”. “Eu não estou inferindo que o voo 370 foi derrubado por hackers, mas temos uma vulnerabilidade que não pode ser ignorada.”