Publicidade
SÃO PAULO – Não há dúvidas: 2006 foi mesmo o ano do carro nacional. Após o crescimento das vendas ter ficado acima do esperado, conforme informou recentemente a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), dados da Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva) confirmam a tendência: o mercado de importados não conseguiu atingir sua meta.
Segundo a entidade, foram comercializadas 5.894 unidades, entre as marcas BMW, Ferrari, Kia, Maserati, Porsche e SsangYong, em todo o ano passado. Apesar do crescimento de 8,47% frente aos 5.434 carros de 2005, a previsão de 6 mil unidades não foi alcançada.
Acordos comerciais
Na avaliação do presidente da Abeiva, José Luiz Gandini, o motivo para o desempenho abaixo do esperado são os acordos comerciais do Brasil com o México e a Argentina. Isso porque a importação de uma maneira geral obteve uma expansão de 84,16%, passando de 79.746 unidades em 2005 para 146.857 no ano passado.
Planejamento financeiro
Baixe gratuitamente!
Contudo, esse crescimento não foi sentido com a mesma intensidade pelas marcas dispostas acima. “Desse total, as nossas associadas trouxeram ao País apenas 5.894 veículos, com taxa de crescimento dez vezes menor.”
Alíquotas
De acordo com declarações dadas por Gandini ao Canal do Transporte, o motivo dessa disparidade são as alíquotas empregadas no comércio exterior. Enquanto os mercados mexicano e argentino vendem ao Brasil com taxa zero, outros países pagam 35% do valor comercializado.
Outros números preocupam a associação: enquanto os importados em geral passaram de uma participação de 4,86% para 7,89% de 2005 para 2006, a participação isolada das associadas à Abeiva caiu de 0,33% para 0,32% no mesmo período. “Há um evidente favorecimento às montadoras locais”, argumentou.
Continua depois da publicidade
Otimismo
Apesar disso, a entidade está otimista com este ano que acaba de começar. “Esperamos ter aumento de vendas da ordem de 8%, ou seja de 6.500 unidades”, previu.