Vale a pena usar o FGTS em consórcio imobiliário?

Nos dez primeiros meses desse ano, mais de 2.700 pessoas utilizaram esse recurso, totalizando gastos de R$ 85 milhões

Rodolfo Mondoni

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SÃO PAULO – Talvez você não saiba, mas desde 2009 é possível usar os recursos do FGTS nos consórcios de imóveis, seja para amortizar e liquidar saldo de dívidas ou pagar parte das prestações. Nos dez primeiros meses desse ano, 2.733 pessoas utilizaram esse recurso, totalizando gastos no valor de R$ 85 milhões, de acordo com a Associação Brasileira de Administradores de Consórcio (Abac).

Faça as contas

Antes de fazer qualquer forma de financiamento, isso inclui os consórcios também, é importante fazer projeções para saber se as parcelas cabem no seu bolso. E não deixe de incluir taxa extras, seguros para não ser pego de surpresas.

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Para ilustrar melhor esta situação, vamos imaginar um consórcio de 120 meses para comprar um imóvel de R$ 300.000 mil, cuja taxa de administração seja de 19%. Neste caso, cada prestação seria de R$ 3.075,32 de forma que no final do consórcio o participante pagaria o equivalente a R$ 369.038.

Por sua vez, se o indivíduo conta com R$ 60 mil em recursos do FGTS, outra opção seria entrar em um consórcio cujo valor da carta de crédito é de R$ 240 mil. Assumindo a mesma taxa de administração de 19%, isto implicaria em prestações de R$ 2.460,25. Ao receber sua carta de crédito de R$ 240 mil do consórcio, o indivíduo pode complementar com os R$ 60 mil que tem no FGTS.

Nesse segundo caso, o valor total gasto seria de R$ 355.230 ou R$ 13.808 a menos. Portato, usando o FGTS, o valor de cada prestação seria menor, assim como os gastos com taxas de administração.

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Usar o FGTS pode ser uma boa solução, principalmente, pelo fato de que o dinheiro no FGTS rende muito pouco. Mas, claro, que essa decisão deve ser feita com cautela, afinal é sempre indicado ter um dinheiro de reserva, ainda mais em tempos de crise. 

Não use para dar um lance

Como as taxas são cobradas também dos valores dos lances, isto significa que parte dos recursos do FGTS acaba sendo perdida, pois ao invés de financiar a compra do imóvel, acaba sendo usada para arcar com os custos da administração. Exatamente por isso, a Associação Brasileira das Administradoras de Consórcio (Abac) recomenda que os recursos do FGTS devem ser usados na hora da compra e não para efetuar o lance.

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