Usar patinetes elétricas pode dar multa em Paris

Serão cobrados 135 euros de usuários que andarem com a patinete em calçadas e 35 euros para patinetes estacionadas em locais que atrapalhem o tráfego de pedestres

Mariangela Castro

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SÃO PAULO – Para regulamentar o uso de patinetes elétricas, o governo de Paris passará a definir locais de estacionamento específicos, cobrar taxas anuais para as empresas operadoras e aplicar multas em usuários que utilizem o transporte de forma indevida.

As multas votadas pelo Conselho da Cidade têm valor de 135 euros para usuários que andem com a patinete em calçadas e 35 euros para patinetes estacionadas em locais que atrapalhem o tráfego de pedestres.

Além disso, nas próximas semanas, Paris criará zonas de estacionamento específicas para patinetes. Estima-se que, até o final de 2019, 2.500 vagas estejam disponíveis. Por enquanto, o estacionamento nestas áreas não seria obrigatório, e sim aconselhado.

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Esta decisão foi tomada enquanto o conselho aguarda a votação dos parlamentares para criação de uma lei de mobilidade clara sobre o uso de patinetes elétricas. Originalmente, este projeto estava previsto para outono de 2018, mas foi adiado para a primavera de 2019.

No blog oficial de Paris, a situação é descrita como preocupante e, por isso, o município teve de criar seus próprios mecanismos regulatórios, argumenta o conselho.

Paris, com apenas 105 km², possui mais de 15 mil patinetes elétricas e bicicletas compartilhadas. A previsão é de que, até o final do ano, este número aumente para 40 mil. Para regular esta frota, o município também passará a cobrar uma taxa das empresas que oferecem o serviço, equivalente a 50 a 65 euros por patinete.

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O conselho da cidade reforça o apoio a novas formas de mobilidade que sejam menos poluentes e barulhentas. No entanto, o uso crescente de patinetes elétricas está colocando em risco a segurança pedestres, principalmente de pessoas com mobilidade reduzida.

Três das marcas de patinetes que operam em Paris tiveram suas licenças canceladas em Madrid, em dezembro de 2018. A capital espanhola anunciou no último ano que as empresas Lime, Wind e VOI não forneceram informações suficientes aos clientes sobre as condições de uso das patinetes e começaram a operar na cidade sem autorização oficial.

Em Barcelona, outra cidade espanhola, também foram criadas regras para regulamentação de patinetes elétricas, bicicletas compartilhadas e outros transportes. O uso de Segways, um tipo de skate elétrico com duas rodas, foi proibidos em regiões próximas ao mar, por exemplo.

Em 2018, a cidade da Espanha registrou seu primeiro caso de morte em consequência do uso deste transporte. Uma idosa de 90 anos faleceu em agosto, após ser atropelada por uma patinete elétrica que andava a 30 km/h.

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