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SÃO PAULO – Se antes o Uber devia preocupar-se somente com a concorrência dos táxis no Brasil, em breve isso deve mudar. Uma das concorrentes, chamada Cabify, começa a funcionar em São Paulo em maio e promete ser ainda mais vantajosa do que o Uber, tanto para o passageiro quanto para o motorista.
Uma das diferenças, segundo o diretor de operações e logística da Cabify no Brasil, Daniel Velazco-Bedoya, são as tarifas que a empresa cobra por corrida: enquanto no Uber o preço de cada corrida é calculado com base no tempo do percurso e na distância, a concorrente leva apenas a distância em conta, independente da rota que o motorista faça.
Com esse método de cálculo, o Cabify consegue garantir um preço fixo para a corrida antes mesmo dela iniciar – o que acaba sendo uma vantagem em relação ao Uber, que informa uma estimativa de preço para o passageiro. Daniel ainda garantiu que o motorista sairá ganhando com esse método, pois a ideia é que ele consiga maximizar o número de corridas diárias com uma tarifa fixa, independente do horário e trânsito.
No geral, ele funcionará da mesma maneira que o concorrente no Brasil. Serão duas categorias de carro disponíveis, a Cabify Light e Cabify Executivo, que concorrerão diretamente com o UberX e o Uber Black. Embora para o Brasil os requisitos de modelo e ano dos veículos ainda não estejam definidos, no México o modelo Jetta, da Volkwagen, se encaixa na categoria Light e o Passat, também da Volks, e o Dodge Journey na categoria Executivo.
Os motoristas deste serviço também serão apenas parceiros da empresa, não funcionários. A porcentagem que a empresa cobrará de cada corrida ainda não foi definida, ela deve ser similar à do Uber, de 25%.
Outra novidade é que ele permitirá que não somente motoristas independentes sejam parceiros, mas também os táxis da categoria preta de São Paulo e inclusive motoristas do Uber.
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Segurança
Por conta das polêmicas envolvendo o processo de seleção de motoristas do Uber, que tem se mostrado falho ao investigar antecedentes criminais dos candidatos, a Cabify promete um rigoroso processo seletivo.
“Os motoristas passarão por exames médicos e psicotécnicos, por uma fiscalização de antecedentes criminais, por testes online e, talvez, até por testes práticos de direção. Também vamos avaliar a qualidade dos carros, se possui seguro com cobertura para o passageiro, investigar o histórico de acidentes, etc. Tudo para garantir que apenas os candidatos de um grupo de qualidade elevada sejam nossos motoristas”, explicou Daniel.
No México, uma das funcionalidades do aplicativo é poder compartilhar com pessoas específicas via Facebook ou Twitter a sua localização, permitindo que eles acompanhem em tempo real a corrida.
Além disso, segundo Daniel, eles iniciarão suas operações em São Paulo com regulamentação da Prefeitura de São Paulo, “de maneira legal”.
No Brasil
Embora, a princípio, suas operações brasileiras se restrinjam à cidade de São Paulo, Daniel garantiu que a intenção é de consolidar outras cidades brasileiras. A Cabify opera atualmente em cinco países, num total de 14 cidades.
