Trabalhadores dos Correios na cidade de SP, Rio e MA avaliam greve às vesperas da Black Friday

Correios dizem que estão preparados para garantir funcionamento dos serviços

Reuters

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Os sindicatos dos Correios das cidades de São Paulo e Bauru (SP) e dos estados do Rio de Janeiro e Maranhão, representados pela federação Findect, colocam em votação entre esta quarta-feira (22) e a quinta-feira (23) proposta de início de greve por tempo indeterminado, a partir da véspera da Black Friday.

O sindicato dos Correios em Tocantins já aprovou a paralisação, afirmou a Findect, que mais cedo, nesta quarta-feira, disse que os trabalhadores dos outros locais já haviam decidido pela greve.

(Diferentemente do divulgado anteriormente pela agência de notícias Reuters e replicado pelo InfoMoney, a Findect reviu informação: a greve em São Paulo e em outros locais ainda não foi votada em assembleia e, por isso, ainda não está aprovada. O texto foi corrigido.)

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A movimentação dos trabalhadores ocorre em resposta ao que a federação chamou de recusa dos Correios em resolver questões relacionadas à assinatura de acordo coletivo.

A Findect afirmou que representa “40% do efetivo nacional” dos Correios e “60% do fluxo postal do país”. Atualmente há 36 sindicatos de trabalhadores dos Correios no Brasil.

“Um ponto crucial é a não incorporação de 250 reais ao salário base, uma afronta direta aos trabalhadores que contradiz o que foi negociado na mesa de negociação coletiva”, afirmou a entidade em comunicado à imprensa.

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“A proposta de pagamento desse montante em ‘passos’ não apresenta benefícios concretos e coloca em risco a estabilidade financeira da categoria”, acrescentou a Findect citando ainda a não realização concurso público pelos Correios.

A entidade também afirma que a iminente tributação sobre uma bonificação combinada em janeiro entre empresa e sindicatos, de 1.500 reais, “representa um sério risco de redução substancial desses valores, agravando os prejuízos para os trabalhadores”.

O que dizem os Correios?

Os Correios disseram, por meio de nota, que já estão preparados para garantir a normalidade dos serviços, caso as assembleias dos cinco sindicatos aprovem paralisação parcial e pontual, com as seguintes medidas:

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A empresa estatal também disse que concedeu aumento linear de “R$ 250 para a maior parte do efetivo, um aumento médio de 6,36% para mais de 71 mil empregados (83%), a partir de janeiro de 2024. Para parte dos empregados, o aumento chega a 12%”, ressaltou.

Na segunda-feira (21), segundo os Correios, ocorreu lançamento de programa de bolsa de estudos para que os empregados de nível médio, como carteiros, atendentes, operadores de triagem e transbordo, façam curso de graduação. A iniciativa atraiu mais de 1.140 inscritos.