TIM ativa 5G em 100% dos bairros da cidade de SP

Cliente com smartphone compatível vai captar automaticamente o sinal da internet de quinta geração

Giovanna Sutto

(REUTERS/Eric Gaillard)

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A TIM ativou seu 5G, nesta quinta-feira (4), para todos os bairros da cidade de São Paulo. Com o anúncio, todos os clientes da empresa com aparelhos compatíveis já têm acesso à internet móvel de quinta geração.

“Queremos acelerar nosso plano 5G em São Paulo, que é a maior capital do país, e queremos oferecer a maior cobertura 5G do Brasil”, disse Alberto Griselli, CEO da TIM Brasil, em coletiva presencial à imprensa que contou com a presença de  Leonardo Capdeville, CTIO da empresa, e Paulo Sperandio, CMO.

A TIM possui 1.150 antenas na cidade de São Paulo, sendo que nesta quinta (4) 850 já estão ativas para 5G e são suficientes para oferecer o sinal a todos os bairros da capital.

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“Nossas antenas estão bem espalhadas, e o que vai acontecer é o adensamento de mais antenas quando o total for instalado”, explica o CEO, que garantiu que todos os bairros já estão cobertos com o sinal 5G e com capacidade para atender 90% da população.

“Instalamos as antenas durante a madrugada após a liberação oficial da Anatel e, ainda neste mês, teremos mais de 1.000 antenas ativas”, acrescentou Capdeville.

A TIM tem hoje cerca de 2,4 milhões de smartphones compatíveis com 5G em sua rede de clientes e 75% do portfólio de vendas da operadora são para 5G. “Atualmente, 40% das vendas de smartphones já são de aparelhos 5G. Acreditamos que essa curva seja exponencial”, disse Sperandio.

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A empresa estima que em três anos, a tecnologia 5G será majoritária em vendas e para os clientes TIM.

Preços e planos 

O cliente não precisa fazer nada para ter acesso à tecnologia: o smartphone compatível automaticamente vai captar o sinal 5G. Segundo Sperandio, nenhum cliente terá que pagar “um centavo a mais” para acessar a internet de quinta geração.

“Não teremos alteração de preço, basta ter o aparelho compatível. Todos os clientes terão acesso básico ao 5G NSA com a velocidade de upload e download compatível com o 5G entre 750 mbps e 1,4GB. Adicionalmente, teremos um plano ‘Booster 5G’ que vai oferecer a rede SA, que além da velocidade, tem uma latência menor. Esse plano será lançado em fases e será gratuito para todos os clientes durante três meses”, explica o executivo.

A SA (standalone) e NSA (non-standalone) são tipos de redes de 5G. Sperandio explica que não há diferença de velocidade entre ambas, a grande diferença fica por conta da baixa latência (tempo de resposta entre estímulo e rede da operadora) na versão SA.

Para se ter uma ideia, a latência na rede NSA, que é o padrão que a TIM vai usar neste primeiro momento, é de cerca de 25 milissegundos (ms), enquanto a da SA gira entre 5 ms e 8 ms. As antenas da TIM já estão prontas para disponibilizar ambos os tipos de redes.

O plano “Booster 5G” estará disponível para clientes da TIM pós-pago a partir da semana que vem. “Quem aderir ao plano nos próximos três meses ganha os 12 meses seguintes do plano gratuito. Primeiro, os clientes pós-pago, depois os clientes Controle e em seguida os clientes pré-pagos. Todos terão os três meses para aderir”, explica.

Para aderir ao plano, o cliente terá de ir até uma loja física da TIM e solicitar o serviço adicional chamado “Booster 5G” em seu plano atual. Após esses três meses de oferta gratuita, o plano custará algo entre R$ 15 e R$ 20.

Mais 5G, menos 4G

“Estamos em uma mudança de ciclo tecnológico. Quando a gente fez uma estratégia semelhante do 3G para o 4G levamos cerca de três anos e meio para que o 4G virasse majoritário em nossa rede”, explica o CMO.

Com a chegada do 5G, a TIM afirmou que vai parar de investir em tecnologia 4G, a partir do ano que vem, para centralizar esforços na conversão de antenas para 5G e em investimentos na quinta geração.

Segundo Capdeville, a penetração de smartphones 5G em São Paulo chega a 10% do tráfego total, considerando todas as operadoras. “Esses clientes vão sair do 4G e migrar com o tempo para o 5G, liberando a capacidade de 4G para ser utilizada para outros clientes”.

O CTIO acrescentou que, com isso, não faz sentido investir mais no 4G, se a tecnologia vai ter uma redução de fluxo nos próximos anos. “Se o consumidor adquire o aparelho 5G é isso que vamos oferecer para ele”, finaliza Capdeville.

Giovanna Sutto

Repórter de Finanças do InfoMoney. Escreve matérias finanças pessoais, meios de pagamentos, carreira e economia. Formada pela Cásper Líbero com pós-graduação pelo Ibmec.