Ricos ainda querem conversíveis de US$ 335.000

Novo conversível Dawn da Rolls-Royce é um sinal de que ainda existe mercado para veículos sem capota

Bloomberg

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(SÃO PAULO) – O novo conversível Dawn da Rolls-Royce é um sinal de que ainda existe mercado para veículos sem capota entre aqueles que possuem 300.000 euros (US$ 335.000) para gastar em um carro.

A marca da BMW AG lançou o modelo de duas portas por meio de um webcast, na terça-feira, após uma década de quedas nas vendas de carros conversíveis em todo o setor. Os consumidores do mercado de massa que querem algo esportivo podem ter optado pelos SUVs, mas os ultrarricos podem ter ambos. Três conversíveis voltados para esse tipo de consumidor serão lançados na semana que vem no Salão Internacional do Automóvel de Frankfurt: o Dawn, a Ferrari 488 Spider e uma versão semiconversível do Mercedes-Benz Classe S.

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Antes sinônimo de liberdade e rebeldia e disponível em todas as categorias de preço, os carros conversíveis estão se transformando em brinquedos quase exclusivamente para ricos. E há suficiente dinheiro à disposição na elite do mundo para levar a Rolls-Royce a desenvolver o Dawn.

“Os ultrarricos vão comprar esse carro”, disse Tim Urquhart, analista da empresa de pesquisas de mercado IHS Automotive em Londres.

As vendas de conversíveis caíram 51 por cento em relação ao pico de 2004, para 409.770 carros no ano passado, enquanto as entregas de SUVs se multiplicaram quase quatro vezes, para 12,3 milhões, segundo dados da IHS. Embora as novas versões conversíveis do Ford Mustang, do Chevrolet Camaro e da BMW Série 2 possam ajudar a empurrar esses números para cima até 2020, as vendas não retornarão ao nível de 2004, disse Urquhart.

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Está ficando cada vez mais difícil encontrar conversíveis acessíveis. A Volkswagen AG está tirando de linha o Eos, direcionado ao mercado popular. A Renault SA interrompeu a produção do Wind e da versão semiconversível do Megane. A Ford Motor Co. colocou o Thunderbird na geladeira em 2005 e hoje vende conversíveis apenas como parte de sua linha Mustang.

Parte do declínio dos conversíveis se deve à mudança de foco das fabricantes de automóveis para a China, onde os consumidores de veículos de luxo não sonhariam em dirigir um carro aberto pelas cidades devido ao ar contaminado. Com o mercado automotivo chinês em queda, contudo, esse pode não ser um momento tão ruim para lançar um modelo de nicho que não esteja focado no país asiático, disse Urquhart.

Segundo conversível

O Dawn é o segundo conversível da linha da Rolls-Royce e será menor e mais barato que a versão drophead do Phantom, de 390.000 euros. A Rolls-Royce preferiu não revelar os números de vendas do Phantom conversível.

Com nome alusivo ao conversível Silver Dawn, construído pela Rolls-Royce de 1950 a 1954, o novo Dawn tem a mesma distância entre os eixos que o cupê Wraith, de 240.250 euros. Com a capota colocada, o carro proporciona um passeio tão silencioso quanto um sedã. Assim como o Wraith, o modelo também possui a capacidade de prever, por meio de satélite, a condição do trânsito pelo caminho.

O carro estará disponível a partir do primeiro trimestre do ano que vem.

Por Elisabeth Behrmann