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SÃO PAULO – As regras de câmbio e de transferências de dinheiro entre o Brasil e outros países merecem ser revisadas, afirmou o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini.
O economista participou nesta segunda-feira (30) da abertura do seminário Preparando o Mercado de Câmbio para a Copa 2014 – Câmbio Manual e Transferências de Pequenos Valores.
De acordo com a Agência Brasil, Tombini afirmou que os estrangeiros tem um crescente interesse em vir ao Brasil devido aos atrativos naturais, culturais e ao crescimento da economia nacional. Ao mesmo tempo, o aumento do poder de compra aliado a uma economia estável fazem com que os brasileiros viagem mais para fora do País.
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“Os gastos de brasileiros no exterior aumentaram de forma expressiva na última década”, ressaltou. Para ele, o aumento das viagens internacionais e de transferências de recursos entre o Brasil e outros países são motivos suficientes para que as regras cambiais sejam revisadas. Entretanto, esta necessidade fica ainda mais evidente com os eventos esportivos que serão realizados no País nos próximos anos.
O presidente do BC ressaltou que a segurança das operações de câmbio manual (troca, em espécie, de moeda estrangeira por moeda nacional e vice-versa) deve ser preservada e o processo precisa ser equilibrado com normas para o combate e a prevenção à lavagem de dinheiro.
Avanços do mercado de câmbio nos úiltimos anos
Segundo o presidente do BC, houve avanços no mercado cambial, como a unificação do mercado de câmbio, em 2005 e o fim da obrigatoriedade de cobertura cambial para exportações e importações, o que ajudou na redução dos custos para as empresas e na inserção dos produtos brasileiros no mercado internacional.
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“Verificamos que o aperfeiçoamento tem sido feito de forma gradativa e cautelosa”, disse.
Para Tombini, o avanço do processo de modernização das regras de câmbio no País nos últimos anos foi permitido devido ao processo de estabilização da economia brasileira nos últimos 15 anos e a redução das vulnerabilidades externas.
