Rebeca Andrade faz história e conquista medalha de prata no salto em Paris-2024

É a quinta medalha olímpica já conquistada pela atleta na carreira

Equipe InfoMoney

Rebeca Andrade faz história e conquista sua quarta medalha olímpica (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)
Rebeca Andrade faz história e conquista sua quarta medalha olímpica (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

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Rebeca Andrade conquistou, neste sábado (3), a medalha de prata, em um feito histórico para a Ginástica Artística brasileira, nos Jogos Olímpicos de Paris 2024.

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É a quinta medalha olímpica já conquistada pela atleta na carreira − deixando para trás gigantes como Serginho, do vôlei, o nadador Gustavo Borges e Isaquias Queiroz, da canoagem, com quatro cada um. Agora, ela está empatada com Robert Scheidt (ouro em 1996 e 2004, prata em 2000 e 2008 e bronze em 1988 e 2000) e Torben Grael (ouro em 1996 e 2004, prata em 1984 e bronze em 1988 e 2000), ambos da vela.

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Com o resultado, Rebeca Andrade, de 25 anos, já é a mulher que mais medalhas conquistou em Olimpíadas. E ainda terá mais chances para chegar ao pódio nesses jogos de Paris − ela ainda disputa as finais da trave e do solo.

Na disputa pelo salto, neste sábado, na Arena Bercy, a atleta brasileira ficou atrás da ginasta norte-americana Simone Biles, apontada como favorita. As duas atletas conseguiram “cravar” seus dois saltos, obtendo as maiores médias na pontuação geral da modalidade: Biles ficou com 15.300, e Rebeca, 14.966.

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Na modalidade, cada competidora tem de fazer dois saltos de grupos diferentes. Ganha aquela que obtiver a maior média. O primeiro salto da brasileira foi o Cheng, que consiste em uma entrada de rodante, seguido de meia-volta e pirueta no ar. Rebeca cravou o salto, recebendo 15.100 pontos. O segundo foi o Amanar, conhecido também como Yurchenko com dupla pirueta e meia. Novamente bem executado, ele resultou em uma boa pontuação: 14.833.

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Simone Biles

O ouro foi para aquela que é apontada como a maior ginasta de todos os tempos: Simone Biles. A norte-americana mostrou a que veio já no primeira apresentação, ao executar um salto que leva seu nome, o Biles II, executado apenas por ela, entre as mulheres, e por muito poucos ginastas masculinos.

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A entrada de costas seguida de mortal duplo é considerada o elemento mais difícil da ginástica feminina. O salto resultou no melhor resultado, entre todas apresentações: 15.700 pontos. No segundo salto, Biles cravou novamente, executando o movimento Cheng, com entrada rodante seguida de meia-volta e pirueta e meia. Ele rendeu à ginasta 14.900 pontos – em uma média de 15.300 pontos.

Rebeca e Biles se enfrentarão também nas finais da trave e do solo, na segunda-feira (5).

A medalha de bronze foi para outra atleta dos Estados Unidos: Jade Careu, que obteve, ao final, 14.466 pontos na média, após pontuar 14.733 no primeiro salto – também um Cheng –, e 14.200 no segundo salto, um Flick, que consiste em uma rotação completa do corpo ao redor de um eixo horizontal.

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Rivalidade e admiração

Rebeca e Biles compartilham rivalidade e admiração, uma pela outra, com elogios públicos manifestados tanto nas redes sociais como durante entrevistas. Biles disse ver, na Rebeca, sua “maior competidora” e, reiteradamente, diz que tê-la como adversária é algo que a estimula.

Elas se enfrentaram recentemente em três ocasiões. Na fase classificatória, dia 28 de julho, a média das notas de Rebeca ficou em 14.683 pontos, enquanto a da Biles ficou em 15.300. Na final por equipes, Rebeca obteve 15.100, enquanto Biles marcou 14.900 pontos. Na final do individual geral, Rebeca fez novamente 15.100, enquanto Biles marcou 15.766 pontos.

O fato de fazer o salto após a adversária norte-americana representou vantagem para a brasileira na competição de hoje, uma vez que decidiria qual seria o salto já sabendo a pontuação necessária para obter a medalha de ouro.

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O histórico de sucesso de Rebeca Andrade na ginástica é grande. Além do ouro olímpico em salto obtido nos Jogos de 2020, ela foi por duas vezes vice-campeã olímpica no individual geral (em 2020 e em 2024), medalha de bronze olímpica por equipes nos atuais Jogos Olímpicos; bicampeã mundial no salto (em 2021 e 2023) e campeã mundial individual geral de 2022.

Os feitos durante os Jogos Olímpicos de 2024 – bronze por equipes e prata no individual geral além da prata obtida hoje – fizeram de Rebeca a atleta brasileira com maior número de medalhas olímpicas. Ela já conquistou, também, ouro no salto e prata nas barras durante o mundial de 2021, em Kitakyushu (Japão).

(com agências)