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SÃO PAULO – Os brasileiros aumentarão seu consumo anual em 4,3% em 2005, chegando a movimentar R$ 1,1 trilhão ao longo do ano. Cerca de 84% dos consumidores estão nas áreas urbanas, e entre eles, o consumo anual per capital deve ficar em R$ 7.055 por pessoa.
As projeções são da empresa de pesquisa de mercado, Target Marketing, em estudo denominado Brasil em Foco – Índice Target de Potencial de Consumo. De acordo com a consultoria, a estimativa de aumento é significativa, pois supera o crescimento previsto de 2,8% da população brasileira.
Alterações no perfil de consumo
A principal mudança notada na pesquisa diz respeito à classe E, de menor poder aquisitivo, e que representa 3,1% dos domicílios brasileiros. Os consumidores de menor poder de compra são responsáveis por 0,6% do consumo nacional e movimentam R$ 6,7 bilhões, bastante diferente do registrado no levantamento de 2001: 12,7% dos municípios, responsáveis por 2,2% do consumo.
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Vale destacar que a classe C de consumo, de acordo com a pesquisa, possui a maior representatividade em relação aos municípios, ou melhor, 37,9% deles. Sobre o consumo nacional, a participação é de 27,2%.
Casa absorve maior gasto
O maior volume dos gastos dos brasileiros é destinado à manutenção do lar. São despesas com aluguéis, impostos e taxas, além de contas de luz, água, gás etc, que chegam a comprometer 25,9% do dinheiro destinado ao consumo.
E o brasileiro gasta mais para manter a casa do que com a própria alimentação. De acordo com o estudo, alimentos e bebidas representam 17,2% do que é consumido, seguido por transportes (7,6%), higiene e saúde (7,3%), vestuário e calçados (4,9%), recreação e viagens (4,3%), móveis e eletrodomésticos (3,8%), educação (3,4%) e fumo (0,6%). Os 24,9% restantes são distribuídos em consumo de itens diversos.
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Análise geográfica: capitais detêm 35,5% do consumo
Os 50 municípios classificados como maiores consumidores no ranking do IPC Target concentram praticamente a metade do potencial de consumo do País, impulsionados pelas 22 capitais estaduais.
Ainda seguindo as projeções para 2005, o relatório Brasil em Foco revela que as capitais que absorvem 35,5% do consumo nacional são lideradas por São Paulo, com 10,2% do consumo nacional, percentual inferior aos 11,3% verificados em 2001.
Em seguida surgem Rio de Janeiro (6,25%) com o índice estabilizado em relação há cinco anos; e Belo Horizonte (2,15%), única capital onde o indicador subiu em relação a 2001 (índice era de 2,09%) no ranking das 10 primeiras cidades-capitais com maior potencial de consumo.
Na análise de potencialidade por região, o Sudeste do Brasil lidera o ranking de poder de compra e abarca 54,2% do que é consumido. O aumento é relativamente pequeno em comparação com a pesquisa de 2001, quando o potencial era de 53,8%.
Por sua vez, a região Sul foi a única que não cresceu em consumo nos últimos anos, passando o IPC de 18,3% para 16,5% atuais. No Norte, o potencial de consumo sobe de 4,9% para 5,1% desde 2001; no Nordeste, passa de 15,9% para 16,4%; e no Centro-Oeste, de 7,2% para 7,7%.