Pediram cancelamento das Olimpíadas, mas ministro diz não haver restrições de viagens

Ministério do Turismo faz apelo no combate ao Aedes aegypt em momento de preocupação com doenças, principalmente zika vírus

Paula Zogbi

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SÃO PAULO – Com cientistas e companhias aéreas dos Estados Unidos pedindo o cancelamento das Olimpíadas do Rio de Janeiro no segundo semestre desse ano, o Ministério do Turismo resolveu se manifestar.

Nesta quinta-feira, a Agência de Notícias do Turismo enviou à imprensa uma entrevista em que o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, fala sobre a necessidade de combate ao Aedes aegypt, vetor de doenças como zika vírus, Chikungunya e Dengue, mas garante não haver restrições de viagens ao Brasil por conta delas.

De acordo com o ministro, “hoje temos mais de 4 mil obras ativas no país. Nossa preocupação é para que todos cuidem desses espaços para que não virem criadouros do vetor. Queremos alertar a todos os gestores, para que eles, o setor de construção, e os próprios operários, que estão na ponta, se mobilizem para enfrentar esse que é um inimigo único”.

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Sobre o trânsito de turistas, ele afirmou que “não é necessária medida restritiva de viagem para o Brasil, além do cuidado especial com as gestantes, ao vírus Zika”. Mesmo entre gestantes, a única recomendação é que se consulte um médico antes de embarcar. “Sobre ter uma região específica que deveria haver restrição, o próprio Ministério da Saúde já informou que o vírus já circula em todo o país, ou seja, toda a população brasileira deve se sensibilizar”, afirma.

Na entrevista, Alves também afirma que, como parte de uma movimentação que envolve todos os ministérios, o Turismo está orientando tanto brasileiros quanto estrangeiros a respeito de criadouros, e pede que meios de hospedagem, bares, restaurantes, operadoras de viagem, guias, secretarias de Turismo e demais atores do setor ajudem no combate ao inseto.

Na noite desta quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff convocou, em pronunciamento, a população a se unir no combate ao mosquito, e disse que a partir do dia 13 deste mês haverá uma “megaoperação” envolvendo 220 mil militares focando no Aedes.

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Apesar de todos os esforços voltados ao combate ao inseto, os EUA confirmaram um caso em que a doença foi transmitida sexualmente, o que aumentou ainda mais a preocupação das autoridades.

Paula Zogbi

Analista de conteúdo da Rico Investimentos, ex-editora de finanças do InfoMoney